Você é o interessado número:

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O bronzeamento artificial e o câncer




A OMS, Organização Mundial da Saúde, faz um alerta: as camas e lâmpadas ultravioleta de bronzeamento artificial são tão cancerígenas quanto o cigarro.


A Agência Internacional de Pesquisas do Câncer anteriormente classificava esses aparelhos como “prováveis cancerígenos”. O estudo elevou os equipamentos ao nível mais alto de cancerígenos, o grupo 1, ao lado do gás mostarda, por exemplo.


Em comunicado na revista The Lancet Oncology, Fatiha El Ghissassi escreveu: “vários estudos fornecem suficiente e consistente evidência de uma associação positiva entre o uso de luz ultravioleta e o melanoma ocular, câncer de pele que ataca a pálpebra.”


Fonte: Revista Sport Life - 29.07.09

domingo, 26 de julho de 2009

Esteróides anabolizantes versus perfeição corporal: quanto custa à saúde?



Perfeição corporal

Com a evolução das mídias, a imagem passou a ser supervalorizada, tendo como carro-chefe o cinema que faz da estética como algo primordial. No entanto, os padrões estéticos corporais variam de acordo com as características culturais de cada povo, além de sofrerem modificações no decorrer das gerações. Na verdade, eles desejam realização pessoal, e des­locam este anseio para o culto ao cor­po e a perfeição corporal. A importância que a sociedade demonstra em relação à aparência física é notória na atualidade. Isso pode ser demonstrado, em parte, pela grande presença das matérias relacionadas à saúde, alimentação e exercício físico em qualquer veículo de comunicação (ASSUNÇÃO, 2002).

Ao iniciar qualquer programa de treinamento o indivíduo deve se submeter a uma avaliação, essencial para o planejamento adequado do treino. Muitos têm a saúde como motivador principal, outros a prevenção ou reabilitação de lesões. Porém, a maioria expressa que seu maior objetivo é o estético.

Entre as respostas, invariavelmente aparecem expressões como: "melhora do tônus muscular", "perda da flacidez", "aumento da massa muscular", "perda de gordura corporal", "definição", entre outras. Estas respostas refletem o desejo de tornar o corpo mais atraente aos próprios olhos e às opiniões alheias, atingindo padrões estéticos apresentados pela mídia e por conseqüência, pela maioria das pessoas (TRINDADE, 2005).

Do ponto de vista psiquiátrico, observamos vários transtornos relacionados a esta obsessão por um corpo escultural. Pessoas muito deprimidas e ob­sessivas que, de forma rigorosa, cen­tralizam suas vidas em torno da ques­tão da imagem e acabam tendo uma distorção da avaliação da imagem do seu próprio corpo. Algumas tentam controlar o peso com restrição alimen­tar e desenvolvem quadros de anore­xia nervosa, outras, por não conseguirem suportar longos pe­ríodos de fome e jejum, cedem à com­pulsão alimentar e expulsam a culpa com vômitos – transtorno denomina­do bulimia.

Ao contrário das mulheres que procuram tornarem-se magras, indivíduos do sexo masculino preocupam-se em se tornarem cada vez mais fortes e musculosos. A dismorfia muscular, quadro associado à distorção de imagem corporal em homens, parece ser uma resposta equivalente àquela feminina em se adequar ao padrão corporal ideal, descrito e apreciado socialmente. Este sintoma está relacionado a padrões de alimentação específicos, geralmente compostos de dieta hiperprotéica além de inúmeros suplementos alimentares a base de aminoácidos ou substâncias para aumentar o rendimento físico. A atividade física pode ser realizada de forma excessiva, inclusive causando prejuízos nos funcionamentos social, ocupacional e recreativo do indivíduo, chegando a ocupar de 4 a 5 horas por dia. . Os possíveis ganhos musculares são checados exaustivamente chegando a 13 vezes ao dia (ASSUNÇÃO, 2002).

No mundo do esporte culturista, a definição corporal é representada por um corpo com muito pouca gordura aparente, fundamental para a visualização dos planos musculares (TRINDADE, 2005).

O aumento dos músculos e a sua manutenção tornam-se uma obsessão para os fisiculturistas, que competem entre si, comparando suas medidas de braços e pernas e passando a não poupar esforços para atingir um corpo ideal.

Um indivíduo com dismorfia muscular envolve uma preocupação de não ser suficientemente forte e musculoso em todas as partes do corpo (ASSUNÇÃO, 2002).

Em função dessa obsessão pela busca do corpo escultural, o indivíduo acaba buscando métodos, substâncias e/ou equipamentos que promovam ganhos além dos propiciados pelo treinamento. Algumas destas substâncias são conhecidas como hormônios esteróides e outros com propriedades anabolizantes.


Anabolizantes
O desejo do homem de se superar, tentando ser mais forte e mais potente, sem respeitar os limites vem desde tempos remotos.

No ano de 1935, a testosterona foi sintetizada, pela primeira vez, por Ruzica e Weltstein e, em 1939, Boje sugeriu que os hormônios sexuais poderiam aumentar o desempenho atlético. No final dos anos 40 e no início dos anos 50, culturistas da Costa Oeste dos Estados Unidos começaram a experimentar preparados de testosterona. Todavia, o registro histórico do uso de hormônios sexuais no aumento do desempenho em campeonatos mundiais é datado de 1954, quando foram utilizados por atletas russos durante o Campeonato Mundial de Levantamento de Peso, em Viena, na Áustria (SILVA, et al, 2002).


Devido a razões de ordem ética e aos efeitos nocivos à saúde, essas substâncias tiveram o uso proibido pelo COI a partir de 1976, na Olimpíada de Montreal, onde foi realizado pela primeira vez o controle de anabolizantes. Seis atletas foram punidos pelo uso indevido (MARQUES, et al, 2003).

A busca de formas alternativas para alcançar vitórias (no esporte) ou um corpo ideal, leva ao indivíduo à procura por métodos, substâncias e equipamentos que promovam ganhos, levando-os a consumir hormônios esteróides e outros com propriedades anabolizantes.

Indivíduos fisicamente ativos têm consumido os mais diversos tipos de suplementos alimentares, na tentativa de superar marcas, recordes, ou até mesmo ultrapassar os seus próprios limites, colocando em risco a integridade física (ALVES, M. C. S. et al, s/a).

Os esteróides anabolizantes androgênicos (EAA) são hormônios esteróides criados por modificações na molécula de testosterona, portanto são quase idênticos aos hormônios sexuais masculinos (BACURAU, 2001). A testosterona é o hormônio esteróide androgênico mais importante produzido pelas células de Leydig nos testículos e no córtex adrenal. Já nas mulheres, é produzido em pequena quantidade pelos ovários. Os esteróides anabolizantes ou esteróides anabólico-androgênicos (EAA) são promotores e mantenedores das características sexuais associadas à masculinidade (incluindo o trato genital, as características sexuais secundárias e a fertilidade) e do status anabólico dos tecidos somáticos (SILVA, P. R. P. et al, 2002).

Os EAA são utilizados ilicitamente por indivíduos, atletas ou não, com o objetivo de aumentar a força muscular ou melhorar a aparência. Seus usuários acreditam que estas drogas proporcionam sessões de atividade física mais intensa por retardar a fadiga, aumentar a motivação e a resistência, estimular a agressividade e diminuir o tempo necessário para a recuperação entre as sessões de exercício. Além disso, os esteróides anabolizantes teriam ação direta no crescimento do tecido muscular (ASSUNÇÃO, 2002).

Os usuários de EAA acreditam que estas drogas são diferentes quanto a sua ação e então combinam múltiplas preparações de esteróides na forma oral ou injetável, visando maiores efeitos. Essa prática recebe o nome de combinação ou acúmulo. Eles também aumentam progressivamente a dose das drogas utilizadas durante períodos (ciclos) de 6 a 12 semanas denominando esta prática de pirâmide.

Na gíria popular, os anabolizantes são vulgarmente conhecidos pelo nome de "bomba" (em referência ao efeito de inchaço muscular por eles produzido), e é também comum que fisiculturistas sejam chamados pejorativamente de "bombados" (IRIART & ANDRADE, 2002).

A posição do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) é de que os EAA, na presença de um treinamento de hipertrofia e de uma dieta adequada, podem contribuir para aumentos no peso corporal, frequentemente no compartimento magro (BACURAU, R. F. et al, 2001).

O culto ao corpo musculoso, que estimula a competição entre os freqüentadores da academia pela escolha do mais forte, do que tem os músculos mais bem definidos ou de quem tem o corpo que atrai mais atenção nas ruas, contribui para o aumento do consumo de anabolizantes.


O uso terapêutico dos esteróides anabolizantes

Desde tempos remotos que os esteróides anabolizantes são usados com fins terapêuticos.

No término da 2a Guerra Mundial, os androgênios eram utilizados no tratamento de pacientes em condições terminais ligadas à debilidade crônica, bem como no traumatismo, em queimaduras, na depressão e na recuperação de grandes cirurgias. No entanto, somente na década de 50, os EAA tiveram maior aceitação para uso médico (SILVA, 2002).

Os esteróides anabolizantes quando utilizados de forma correta e na dosagem terapêutica recomendada, pode vir contribuir com excelentes resultados no tratamento de inúmeras patologias. A dosagem terapêutica é aquela recomendada para produzir resposta farmacológica em condições clínicas bem definidas (SANTOS, 2007).

Atualmente, os EAA têm sido administrados no tratamento das deficiências androgênicas: hipogonadismo, puberdade e crescimento retardados, micropênis neonatal, deficiência androgênica parcial em homens idosos, deficiência androgênica secundária a doenças crônicas, e na contracepção hormonal masculina (AURIEMA, 2008).

A terapia androgênica pode, também, ser utilizada no tratamento da osteoporose, da anemia causada por falhas na medula óssea ou nos rins, do câncer de mama avançado, em garotos com estatura exagerada, e até mesmo em situações especiais da obesidade. Há relatos de uso de esteróides anabólicos em baixas doses por via transdérmica no tratamento de doenças cardiovasculares, tendo efeitos antiaterogênicos e como agentes antianginosos (SILVA, 2002).

Os esteróides também têm sido utilizados no tratamento da sarcopenia relacionada ao HIV e em pacientes que apresentam fadiga muscular pela doença renal crônica submetidos à diálise, da sarcopenia associada à cirrose alcoólica, à doença obstrutiva pulmonar crônica (DPOC), e da sarcopenia em pacientes com queimaduras graves. Recentemente, foi demonstrado que a utilização dos esteróides anabolizantes acelerou o crescimento linear e teve alguns efeitos benéficos no retardo da fraqueza em pacientes com distrofia muscular de Duchenne (AURIEMA, 2008).

Efeitos adversos causados pelos EAA

O fato de nunca ter percebido sintomas mais graves e de conhecer pessoas que consomem altas doses de esteróides sem apresentar sintomas visíveis, leva o indivíduo a acreditar que problemas de saúde jamais acontecerão com ele. Entretanto alguns destes efeitos colaterais podem aparecer de forma leve, outros podem ser temporários ou em até mesmo irreversíveis.

O abuso de esteróides causa virilização grave em mulheres, nos homens, diminuição temporária dos testículos e esterilidade. Além disso, essas drogas estão associadas às doenças hepáticas, inclusive câncer, alterações desfavoráveis do colesterol sangüíneo e muitos outros distúrbios, entre eles, perturbações psicológicas imprevisíveis (LAMB,1996).

O uso dos esteróides de forma injetável pode vir transmitir doenças contagiosas pelos vírus das Hepatites B e C, além de infecção pelo HIV por motivos de compartilharem seringas contaminadas.

Registros em literaturas relatam que embora seja difícil comprovar a relação causal do uso de anabolizantes e infarto agudo do miocárdio, fatores de risco como dislipidemia, alteração nos fatores da coagulação e hipertrofia do miocárdio relacionado ao uso desses produtos (IRIART & ANDRADE, 2002).

Nos homens, os efeitos podem causar ginecomastia (desenvolvimento excessivo das glândulas mamárias), carcinoma prostático, alteração do perfil tireóideo, alteração do metabolismo glicídico (LISE, et al, 1999).

Os sintomas mais simples e temporários tais como cefaléia, náuseas, tonturas, irritabilidade, acne, febre e aumento dos pêlos corpóreos, inicialmente passam despercebidos, porém, com o tempo, passam a ser notados pelos usuários de anabolizantes como normais.

Alguns dos efeitos colaterais apresentados nos homens também aparecem nas mulheres, podendo ser adicionado de regressão das mamas, aumento do clitóris, crescimento de pelos na face, engrossamento da voz. Alguns destes efeitos masculinizantes são permanentes, não desaparecendo mesmo depois da interrupção do uso (BACURAU, 2001).

O uso contínuo e em doses abusivas de esteróides anabolizantes podem levar o indivíduo a óbito por infarto cardíaco, trombose cerebral, hemorragia hepática, sangramento de varizes no esôfago, metástase de tumores da próstata e do fígado, infecções por depressão da imunidade ou contaminação por medicamentos falsificados (SANTOS, 2007).

Alterações de enzimas hepáticas, icterícia, peliose hepática (cistos hepáticos com sangue) e tumores hepáticos estão associados com o uso de EAA. Tumores malignos e hemorragias por ruptura de um cisto podem levar à morte, mas as outras alterações, inclusive alguns dos tumores, são reversíveis (PELUSO, s/a).

A vaidade e a busca pela perfeição corporal também atingem indivíduos sexualmente imaturos (adolescentes). Isso se dá também pela cobrança da sociedade pelo “corpinho malhado” e pela fase de transição na faixa etária na ansiedade de tornarem-se indivíduos maduros (adultos). Entretanto, o uso de esteróides por adolescentes ”pode resultar no fechamento precoce das cartilagens de crescimento, resultando, conseqüentemente, numa estrutura fina menor” (BACURAU, 2001).

Segundo psiquiatras, o uso de EAA também pode causar efeitos colaterais psicológicos, de formas diferentes de acordo com a dose e o tipo da droga.

Dentre os efeitos psicológicos podem ser citados comportamento agressivo, aumento ou diminuição da libido, alterações repentinas do humor, dependência, psicose, episódios maníacos depressivos, tentativa de suicídio, depressão quando da retirada, ansiedade, euforia e irritabilidade (LISE et al, 1999).

Conclusão

A busca pelo corpo perfeito é um desejo cultuado tanto pelos homens quanto pelas mulheres, e isso se dá através da influência causada pela mídia e cobrança da sociedade em geral. Isto faz com que indivíduos busquem alternativas muitas vezes prejudiciais à saúde, levando-os a usar esteróides anabolizantes de forma indiscriminada a fim de obter um corpo escultural. O comércio livre (mercado negro, farmácias de manipulação, farmácias veterinárias), e à obtenção sem prescrição médica ou com prescrição médica indevida facilitam o acesso a estas drogas, o que torna a população mais vulnerável às tentações da realização deste desejo. Entretanto a principal razão de desencorajar um indivíduo a usar esteróides anabolizantes, são os efeitos colaterais causados de ordens físicas e psíquicas.

A informação, educação e divulgação das implicações do uso indiscriminado e não-terapêutico destas drogas são uma excelente alternativa para a conscientização dos indivíduos a não procurarem por estas substâncias, tendo em vista que para alcançar o tão sonhado corpo perfeito, é necessário um conjunto de fatores que reúnem a genética, associada ao treinamento e alimentação adequada. Desta forma o indivíduo preserva a integridade física e metal.





Referências
ASSUNÇÃO, S. S. M.; Dismorfia Muscular – Ver. Brás. Psiquiatr. V.24 supl.3 São Paulo dez. 2002.
BACURAU, R. F.; NAVARRO, F.; UCHIDA, M.C. & ROSA, L. F. B. P. C Hipertrofia Hiperplasia – Fisiologia, nutrição e Treinamento do crescimento muscular. São Paulo: Phorte Editora Ltda, 2001.
IRIART, J. A. B; ANDRADE, T. M. Musculação, uso de esteróides anabolizantes e percepção de risco entre os jovens fisioculturistas de um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil – Cad. Saúde Pública vol. 18 no. 5 Rio de Janeiro Set. /Out. 2002.
LAMB, D. R.; O uso abusivo de esteróides anabolizantes no esporte- Gatorade Sports Science Institute.
LISE, M. L. Z; GAMA E SILVA, T. S; FERIGOLO, M; BARROS, H. M. T. O abuso de esteróides anabólico-androgênico em atletismo. Rev. Ass. Med. Brasil., 45(4):364-370, 1999.
MARQUES, M. A. S; PEREIRA, H. M. G; NETO, F. R. A. Controle de dopagem de anabolizantes: o perfil esteroidal e suas regulações. Ver. Bras. Med. Esporte v.9 n.1 Niterói jan./fev. 2003.
PELUSO, M. A. M; ASSUNÇÃO, S. S. M; ARAÚJO, L. A. S. B & ANDRADE, L. H. G. Alterações psiquiátricas associadas ao uso de anabolizantes.
SANTOS, A. M. O mundo anabólico: análise do uso de esteróides anabólicos no esportes. 2. ed. Ver. E ampl. – Barueri, SP : Manole, 2007.
SILVA, P. R. P,; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M. A. Esteróides anabolizantes no esporte – Rev. Brás. Psiquiatr. V.24 supl.3 – São Paulo – dez. 2002.
TRINDADE, R. S.; Estética Corporal no Alto Rendimento Esportivo – Disponível em: http://www.cbcm.com.br/modulos/artigos/descricao.php?cod=28. Acesso: 22/mai/08.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A dieta para enxergar bem


Mais do que agradar a vista, alguns alimentos são capazes de protegê-la contra os desgastes do tempo. Três novíssimos estudos revelam por que priorizar certos nutrientes no dia a dia afasta doenças sérias e prolonga a vida útil da visão



Minutos antes de desfrutar de um banquete, os olhos disputam com o nariz a condição de primeiro sentido a aguçar o apetite. Abertas, as janelas da alma captam as cores e os detalhes da entrada à sobremesa. Mas, se elas começam a emperrar, o prato vistoso perde uma pitada da graça. Para que, no depender da visão, as refeições continuem atraentes, saiba que existem certos alimentos com o poder de preservar os olhos por anos e anos. Recém-saído do forno, um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, comprova que o consumo regular de peixes, redutos de ômega-3, diminui o risco de degeneração macular relacionada à idade, problema que pode levar à cegueira.

“Altas doses dessa gordura são encontradas na retina e precisam ser constantemente renovadas. O déficit dela, portanto, pode favorecer o aparecimento da doença”, justifica Elaine Chong, uma das autoras do trabalho, que avaliou mais de 6 mil pessoas de 58 a 69 anos. Outra pesquisa em solo australiano, essa da Universidade de Sydney, endossa a conclusão dos seus conterrâneos. Após investigar quase 2 500 voluntários num período de dez anos, os cientistas notaram que comer pescados no mínimo uma vez por semana já reduz a probabilidade de ver a mácula sofrer.

“O ômega-3 é importante para preservar os pequenos vasos que irrigam os olhos e ainda protege a retina contra inflamações”, explica a epidemiologista Vicki Flood, que participou da pesquisa. De acordo com ela, não são apenas os peixes que merecem entrar no seu prato: as nozes também são guardiãs da visão. Dois punhados por semana aumentariam o escudo contra o declínio da mácula. O azeite de oliva é outro exemplo. Assim como as oleaginosas, seu benefício vem da mistura de gorduras saudáveis e substâncias antioxidantes — aquelas capazes de atenuar os efeitos do tempo no olhar.

As gorduras benéficas selecionadas para o cardápio ainda mantêm um elo com a lubrificação do globo ocular. E quem sobressai de novo é o ômega-3, consagrado no combate ao olho seco. “Esse problema é causado por uma mudança na composição da lágrima que umidifica a córnea. Ela então passa a evaporar mais depressa”, explica o oftalmologista Maurício Barros, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Como os lipídios são ingredientes desse líquido, há evidências de que o ômega dos peixes e da linhaça contribua para restabelecer a receita ideal.

Visão sem ferrugem

Os radicais livres, moléculas que, em excesso, danificam as células do corpo, não poupam os olhos — com os anos, eles sentem os efeitos do que os cientistas chamam de estresse oxidativo. “No fundo, a degeneração macular é resultado do acúmulo de oxidação numa porção da retina”, exemplifica Nilva de Moraes. Embora o organismo saiba se defender na maioria das vezes, a alimentação pesa muito no desfecho do embate.

Daí por que investir nos antioxidantes, como as vitaminas C das frutas cítricas e E das nozes e castanhas, faz diferença para evitar que a visão enferruje. Mas há nutrientes com essa propriedade que prestam um serviço ocular exclusivo, afastando, entre outros males, a catarata (veja o quadro abaixo). É o caso da luteína, presente nas folhas verde-escuras, e da zeaxantina, encontrada no milho. A mesma equipe da Universidade de Sydney que analisou o papel das gorduras na saúde visual já havia percebido que essa dupla protege contra a degeneração macular. “A luteína e a zeaxantina se depositam seletivamente na retina, onde se concentra a maior parte dos receptores de luz”, explica a engenheira de alimentos Giovanna Pisanelli de Oliveira, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. “Ali, elas também atuam como filtros contra a luz azul, uma radiação que lesa os nervos ópticos.”

Um capítulo à parte é a vitamina A. Na cenoura, na abóbora e no tomate deparamos com o betacaroteno, substância que é transformada na vitamina dentro do corpo. Sua versão prontinha é oferecida pelo leite, pelos ovos e pelo bife de fígado. “Essa vitamina ajuda a manter a lubrificação dos olhos e é componente de um pigmento que nos permite enxergar com pouca luz ou no escuro”, conta a nutricionista Cláudia Saunders, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Daí que a carência do nutriente causa cegueira noturna principalmente entre crianças e, em casos graves, leva à perda total da visão.

Nem tudo o que alegra os olhos lhes faz bem. As guloseimas, por exemplo, não pedem parcimônia por acaso. Quem sempre se farta de muffins como os da foto ao lado, biscoitos, salgadinhos e companhia também comete um atentado ocular. E o vilão aqui é nada mais nada menos que a gordura trans. O trabalho da Universidade de Melbourne prova que, ao longo dos anos, ela multiplica a probabilidade de um indivíduo sofrer de degeneração macular. “A trans está ligada a níveis desregulados de gordura no sangue e a processos inflamatórios, condições que aumentam o risco da doença”, afirma a professora Elaine Chong. “A degeneração da mácula é marcada pelo aparecimento de vasos sanguíneos anormais e por uma constante inflamação local”, esclarece o médico Walter Takahashi, que é chefe do setor de retina do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Doce veneno

Os cientistas também desconfiam há um bom tempo que, em demasia, o açúcar é outro fator prejudicial nessa história. Ora, são os diabéticos que não controlam os níveis de glicose no sangue os principais alvos de lesões que, no transcorrer de décadas, fazem a retina sucumbir. “As células desse tecido não têm um mecanismo protetor contra altas cargas de açúcar na circulação”, explica a oftalmologista Jacqueline de Faria, da Unicamp. “Nessa região, o excesso de glicose propicia a formação de radicais livres e um processo inflamatório que levam a estrutura celular ao colapso”, completa.

Será que apenas os diabéticos deveriam maneirar nos doces e nas massas para o bem dos olhos? É provável que não. Um novo estudo da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, atesta que dar preferência a alimentos de baixo índice glicêmico — aqueles que não disparam repentinamente as taxas de açúcar no sangue — é uma forma de resguardar a visão. A pesquisa foi realizada com mais de 4 mil pessoas com alterações na mácula. A conclusão: manter os níveis de glicose seguros por meio da alimentação retarda o avanço da doença. “Falta decifrar agora detalhes dos processos que explicariam essa proteção”, comenta Jacqueline.

Enquanto aguardamos essa resposta, os cientistas aconselham priorizar frutas, verduras e cereais. Não bastasse diminuir o tempo de absorção do açúcar — e seus possíveis danos — esses alimentos são povoados dos benditos antioxidantes. Contemplálos em sua rotina (e não apenas com o olhar) significa enxergar mais longe, sem problemas à vista.

Fonte: Revista Saúde - julho/09

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Gripe comum e a Influenza A (H1N1)

Também conhecida como gripe , a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.



Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1)?

Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao ter alguns desses sintomas, procure seu médico ou vá a um posto de saúde. É importante frisar que, na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.



Quando eu devo procurar um médico?

Se você tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum. 4. O que fazer em caso de surgimento de sintomas? Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe deve procurar seu médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, os pacientes serão encaminhados a um dos 68 hospitais de referência.



Como eu posso me prevenir da doença?

Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como: lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.



VEJA o quadro e tire suas dúvidas:



FONTE:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31267

sábado, 18 de julho de 2009

Os jovens e o celular



Celular tem limite. Quando torpedos e ligações ultrapassam a medida, a saúde dos adolescentes também fica no vermelho. Os abusos podem atrapalhar o sono, comprometer o crescimento e até gerar crises de ansiedade



levantamento da Nielsen Company, empresa especializada na coleta de dados, revela que os adolescentes americanos mandaram e receberam cerca de 80 mensagens SMS por dia ao longo de 2008


O celular do seu filho toca de madrugada? Ele se recusa a viajar para lugares fora da área de cobertura da operadora? As queixas sobre o uso do telefone na escola se repetem? É impossível travar uma conversa com ele sem que o aparelho os interrompa? Se as respostas forem afirmativas, então já passou da hora de negociar alguns limites com o moço ou com a moça. E não apenas em função da conta estratosférica no final do mês: o uso excessivo do celular prejudica, sim, a saúde dos adolescentes.

“A privação do sono é o que pode causar mais estragos”, avisa Maurício de Souza Lima, hebiatra do Instituto da Criança de São Paulo. “Além de distração nas aulas do dia seguinte e mau desempenho nas provas, as noites maldormidas comprometem a produção do hormônio do crescimento (o chamado GH), que é responsável pelo estirão puberal, aquela esticada típica da adolescência”, diz o médico.

Mal sabe a turma do celular que não cumprir de oito a nove horas de sono contribui para alterar a produção de outros hormônios, caso da leptina, um importante regulador da saciedade. Se sua produção cai, o apetite pode aumentar e o menino ou a menina vão engordar com mais facilidade. A partir daí, as consequências de não pregar os olhos só pioram: eleva-se o risco de desenvolvimento de diabete no futuro. A falta de repouso noturno também favorece a hipertensão e o aumento dos níveis de gorduras no sangue, como os triglicérides. Sem contar que enviar mensagens de texto, conversar ou namorar pelo telefone na calada da noite torpedeiam em cheio o sistema de defesa do público teen. “Há uma queda imunológica e a garotada fica mais vulnerável a gripes, resfriados e infecções em geral”, explica Souza Lima.

Como se tudo isso fosse pouco, exageros da portabilidade abalam ainda as emoções. É que o jovem com uma expectativa permanente em torno das chamadas SMS e afins sofre um enorme desgaste psicológico. “Com o tempo, esse estado de alerta constante pode se transformar em crise de ansiedade ou até em depressão”, atenta a psicóloga Patrícia Gimenez, coordenadora do Núcleo Adolescência e Escolha da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. Ela acrescenta: “Às vezes acontece de o hábito de ligar ou mandar torpedos para os amigos virar dependência e, no caso, a situação se equipara ao vício provocado pelo álcool, exigindo apoio profissional”.

Por fim, há o perigo do chamado sexting, um trocadilho com o termo texting, usado para definir a troca de mensagens de texto por celulares. “Se uma menina manda fotos ou vídeos eróticos dela para um namorado e depois isso vaza para a rede, o trauma costuma ser irreparável”, enfatiza Patrícia. E isso, infelizmente, não é tão raro.

É lógico que o uso do aparelho tem seu lado bom. Ele permite, por exemplo, que um jovem apaixonado possa vencer a timidez com mais facilidade, dá segurança aos pais na hora de deixar os filhos saírem à noite e permite que o adolescente se comunique com os adultos sem constrangimentos quando está com os amigos — só para citar alguns aspectos positivos. “Mas é fundamental que a moçada suspenda seu uso durante o período de sono ou de aula, aprenda a discernir os momentos em que deve ou não interromper uma conversa para atender ao telefone e consiga, ao menos de vez em quando, esquivar-se do assédio dos colegas para ter um tempo só seu”, recomenda a psicóloga. Com o aparelho, de preferência, desligado.

Fonte: Revista da Saúde - jul/09

terça-feira, 14 de julho de 2009

A importância do intervalo de recuperação entre as séries de musculação


Quando o profissional de EF de uma academia monta um treino de musculação, muitas vezes os alunos só dão importância para o número de repetições e séries a serem realizadas, o famoso 3 x 10 por exemplo. Pois é um grande erro não se preocuparem também com o tempo de descanso entre as séries de musculação. O tempo de descanso está relacionado com diversas alterações no nosso organismo, alterações essas que muitas vezes fazem a diferença entre o sucesso e o fracasso do treinamento.


Intervalos curtos de recuperação, como 30 e 60 segundos, desencadeiam uma série de adaptações fisiológicas e hormonais, sendo que essas adaptações favorecem ao ganho de hipertrofia muscular, por exemplo. Porém esses mesmos intervalos curtos de recuperação aceleram o processo de fadiga muscular, dificultando a manutenção do número de repetições da 1° para a 2° série, da 2° para 3° série, e assim sucessivamente. Quando você quiser manter o mesmo número(ou próximo disso) de repetições nas séries subseqüentes, o ideal é aumentar o intervalo de recuperação entre as séries (mais de dois minutos de intervalo).


Confuso isso né? Nem tanto. Na verdade, o ideal é não utilizar sempre os mesmos intervalos, nem o mesmo número de repetições. Dentro de um programa de treinamento de quatro semanas, por exemplo, pode-se dar preferência para a manutenção do numero de repetições nas séries subseqüentes a 1° série através de intervalos mais longos de recuperação (mais de 2 minutos), o que facilita o ganho de força muscular. Ou seja, você consegue fazer 10 repetições(números ficticios) em todas as séries do seu treino.


Terminada essas quatro semanas, você pode fazer outro programa de treinamento de mais quatro semanas com intervalos curtos de recuperação (1 minuto ou menos), com ênfase em hipertrofia muscular. Ou seja, você poderá não conseguir manter as 10 repetições em todas as séries do seu treino, mas isto ja era previsto.O importante é não utilizar o mesmo modelo de treinamento na musculação por muito tempo, isso facilita o nosso organismo a “não acostumar” com o treino e maximiza o resultado esperado. Mas não esqueça, quem tem AUTONOMIA para planejar o treinamento é um PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, pois ele têm os conhecimentos das variáveis de treinamento, bem como os exercícios que serão eficientes para você.


Fonte:

14.07.09 - por Gustavo Barquilha adaptada por mim (Luciane)

sábado, 11 de julho de 2009

Devo escolher musculação ou body pump?




















Quando um aluno se matricula em uma academia, é comum que fique indeciso perante às diversas modalidades oferecidas: aula de localizada, abdominais, spinning, dança, etc, cada qual com suas particularidades.


A indecisão entre escolher musculação ou aula de body pump é comum, já que ambas trabalham com pesos livres. Vale lembrar que por mais que sejam “parecidas”, não são iguais e caberá ao aluno, instruído pelo profissional, escolher aquela modalidade que mais corresponda aos seus objetivos.


Body Pump


Usando barras com anilhas e pesos livres ajustáveis à capacitade do aluno, a aula acontece como uma seção de musculação em grupo, como se fosse um aula de musculação coletiva. Engloba todos os grupos musculares, permitindo se trabalhar todo o corpo. Geralmente a aula começa com aquecimento, passando pelos exercícios, divididos entre grupo musculares ao som de músicas da moda e dura por volta de 60 minutos. Acontece, em média de 30 a 45 seg de intervalo entre as músicas para que o aluno possa trocar a carga e adequá-la aos exercícios do próximo grupo muscular a ser trabalhado. Pessoas com condições físicas diferentes podem frequentar a mesma aula, entretanto, não é indicado que o aluno iniciante comece o Body Pump com o mesmo peso que os veteranos. É imprescindível que o aluno passe por um período de adaptação antes afim de previnir lesões.

Vantagens:

- Estímulo de trabalho em grupo para alunos que não se adaptam a um trabalho individual. Desta maneira o aluno sente-se mais motivado;

- Aumenta a resistência física e aeróbia;

- Ajuda a perder peso e a tonificar a musculatura;

- Pode queimar em média 450 calorias por cada aula de 1 hora (dependendo de vários fatores individuais).


Desvantagens:

- Por ser realizada em grupo, a aula é genérica e não corresponde à objetivos individuais. Cada aluno dentro da sala de aula pode ter objetivos completamente opostos;

- Cada grupo muscular chega a ser exercitado de 30 a 50 vezes. Devido ao número elevado de repetições, o músculo tonifica e não hipetrofia, portanto não é voltada para o aumento muscular.


Musculação


Consiste em exercícios resitidos que podes ser realizados livre com pesos (anilhas e barras) ou em equipamentos específicos, com variáveis de carga, amplitude, tempo de contração e velocidade, mediante o objetivo do aluno.


Vantagens:

- Possibilita que o treino seja direcionado especialmente para as suas necessidades individuais;

- O aluno pode dividir o treino e trabalhar menos grupos musculares por dia;

- Ideal para quem deseja conquistar hipertrofia muscular (aumento da massa magra);

- Ótima para quem não é pontual e não consegue chegar à academia no horário de iníco da aula de Body Pump, por exemplo. O seu treino de musculação não dependerá de um grupo e a hora que você chegar à academia poderá começá-lo.


Desvantagens:

- O aluno pode não se sentir estimulado por ser uma modalidade individual;

- Não possibilita grandes ganhos de resistência cardiovascular;

- O aluno iniciante corre o risco de se lesionar com mais facilidade pelo fato de querer adicionar mais carga durante a realização dos exercícios, isso sem a supevisão de um profissional de EF;

- Gasto calórico menor, dependedo do estímulo.


O que as duas modalidades têm em comum?
- Evitam a perda de massa óssea e muscular;

- Proporciona melhora do condicionamento físico global;

- Estimulam o metabolismo, pois ambas levam a redução da gordura corporal;

- Não há distinção de sexos nem capacidade física, qualquer pessoa pode realizá-las;

- Melhoram a estética e a motivação;

- Proporcionam sensação de tranquilidade e bem-estar;

- Beneficiam a auto-estima;

- Melhoram o sono;

- Liberam endorfinas;

- Melhoria dos aspectos cognitivos (atenção, concentração, memória e aprendizagem);

- Tonifica os músculos.


De acordo com o professor de Musculação e Body Pump Danilo Ribeiro, e digo que concordo PLENAMENTE, “o aluno pode conciliar o pump com a musculação fazendo um trabalho de hipertrofia e ter resultados satisfatórios. Por exemplo, ele pode fazer três vezes na semana a musculação e ainda alternar com um trabalho no pump duas vezes por semana, focando na resistência também. Dependendo dos objetivos do aluno, ambas as modalidades podem ser bem aproveitadas”, conclui.




Publicado por Trika Lopes em 15/04/2009

Malefícios do Cigarro e seus derivados (tabaco em geral) - parte 2




A Epidemia do Fumo


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem hoje no mundo cerca de 1,1 bilhão de fumantes. Desse total, 800 milhões estão nos países em desenvolvimento, em torno de 73%. A OMS demonstra, num estudo concluído em 1996, que um dos maiores desafios ao crescimento dos países em desenvolvimento é a epidemia de doenças relacionadas ao fumo. Grande número de pessoas morrem na fase mais produtiva de suas vidas devido ao cigarro.


A OMS estima que, em 2025, 85% dos fumantes estarão nos países menos desenvolvidos. No Brasil, cerca de 32 milhões de brasileiros são fumantes. O cigarro* é hoje o campeão de mortes no mundo. Morrem a cada ano mais pessoas vítimas do consumo de cigarros que a soma das mortes devido à AIDS, violência, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios.


No mundo todo morrem a cada ano cerca de 3,5 milhões de pessoas de doenças relacionadas ao fumo. No Brasil, são estimadas 100 mil mortes ao ano decorrentes do tabagismo. Segundo a OMS, se permanecer a tendência atual, entre 2020 e 2030 serão 10 milhões de mortes a cada ano decorrentes do vício do fumo. No Terceiro Mundo, serão 7 milhões.


No Brasil, assim como nos outros países, 90% dos fumantes começaram a fumar ainda crianças e jovens, induzidos pela publicidade e pelo exemplo de ídolos, pais e amigos. O hábito começa na juventude e a indústria do tabaco sabe disso e age, direcionando as campanhas de publicidade para os jovens, futuros consumidores.


Entre as vítimas, as que sofrem menos morrem por ataque cardíaco ou acidente vascular (derrame). Os outros morrem lentamente, de forma bastante dolorosa e angustiante, inclusive para familiares e amigos. É este o caso das vítimas do câncer e em particular do enfisema pulmonar que, ao destruir o pulmão, causa forte insuficiência respiratória. Os pacientes com enfisema sentem uma permanente falta de ar e se cansam ao menor esforço físico, ficando impossibilitados de levar uma vida normal nos anos que lhes restam.


Mas isso não é tudo. O cigarro é também responsável por muitos outros danos, como menopausa precoce, abortos e partos prematuros, envelhecimento acelerado da pele, especialmente no rosto, impotência sexual, bronquite, asma, sinusite, hipertensão arterial, derrames, úlcera do estômago e uma série de outras doenças relacionadas ao fumo. Os fumantes passam a ter saúde mais frágil e adoecem em média 2 a 3 vezes mais que os não fumantes.


O desconforto causado pelas doenças e os prejuízos econômicos delas decorrentes como gastos com hospitais, médicos e remédios, faltas no trabalho, diminuição da expectativa de vida, além do sofrimento para os familiares e amigos tornam o cigarro o grande responsável pela queda da qualidade de vida dos fumantes e de quem convive com eles. Não obstante tudo isso, existem hoje apenas no Brasil cerca de 30 milhões de fumantes que mesmo querendo, não conseguem abandonar o cigarro. A chance destas pessoas virem a sofrer de alguma doença grave aumenta a cada dia e a cada cigarro fumado.

Parar de fumar é a medida mais eficaz e inteligente que podem tomar para a melhoria da sua saúde e da de todos que convivem com elas, principalmente familiares, vítimas inocentes do fumo passivo, tão nocivo e perigoso quanto o fumo direto. No caso de quem está sujeito também a outros fatores de risco, como quem tem vida sedentária, excesso de peso ou hábitos alimentares inadequados, recomenda-se tomar as medidas necessárias para diminuir também estes riscos. Estudos médicos comprovam entretanto que parar de fumar é, dentre todas, a medida mais importante.


A introdução de leis, proibindo fumar em ambientes fechados e controlando a publicidade de cigarros, é certamente um avanço mas não é suficiente para conseguir controlar o avanço desta verdadeira epidemia que ameaça a vida de milhões de pessoas. É preciso que as pessoas se conscientizem do problema e decidam livremente melhorar a duração e a qualidade de sua vida, abandonando definitivamente o vício do cigarro.

Malefícios do Cigarro e seus derivados (tabaco em geral) - parte 1

Não é novidade nenhuma que tenho PAVOR de cigarros, pois sei o quanto é prejudicial a saúde de quem fuma e de quem fuma passivamente, por isso resolvi escrever sobre isso no meu blog...

PARE JÁ DE FUMAR!!!

Bjos e ótimo findi!!!

Na maior parte das vezes, quem começa a experimentar o cigarro ou não sabe o que está fazendo ou não tem a real dimensão de todo o mal que ele provoca no organismo. É difícil pensar que se uma pessoa visse fotos de algumas consequências do consumo do tabaco ou lesse sobre o que a fumaça do cigarro causa ao corpo, resolveria fumar mesmo assim.

Vamos deixar claro aqui que ao falar em tabaco uso o termo “cigarro” porque é o mais conhecido e, por isso, fácil de associar. No entanto, é bom saber que todo tipo de uso do tabaco causa o mesmo mal: seja o cigarro, o cachimbo, o charuto, o rapé, a folha etc. Mas, primeiro, é preciso corrigir alguns conceitos. Quem pensa saber que o cigarro faz mal porque a nicotina é a “vilã” se engana. A pobre da nicotina é só uma dentre as 4.700 substâncias tóxicas comprovadas no cigarro. Dentre elas, há substâncias químicas e até substâncias radioativas.

O primeiro impacto que seu corpo sofre com o cigarro é com a fumaça: seja no caso do fumante que a aspira por vontade própria, seja no caso do fumante passivo, que forçosamente tem que conviver com a fumaça que sai da ponta do cigarro ou da boca do fumante. A nicotina em si demora só 10 segundos para chegar ao cérebro do fumante e trazer o efeito relaxante, que é provocado pela liberação de um entre tantos hormônios no organismo chamado dopamina, estimulante que dá sensação de prazer e motivação.

A ida ao cérebro e o efeito são rápidos, mas as consequências ao passar pelo corpo são graves. Primeiro, a fumaça entra pelas vias respiratórias, entrando em contato com cílios e vasos da traqueia, brônquios etc. Com o tempo, a fumaça corrói os cílios do aparelho respiratório, fazendo com que eles não consigam mais manter bactérias e invasores do organismo afastados, facilitando assim problemas respiratórios crônicos.

Ao mesmo tempo, as substâncias que saem dos brônquios e caem na corrente sanguínea passam pelos nossos vasos, facilitando o acúmulo de gordura, o que acaba impedindo a circulação correta do sangue no organismo. Isso traz duas graves conseqüências: uma são as gangrenas, que obrigam as pessoas a amputarem partes de seus corpos pela má circulação do sangue, e a outra é a falta de oxigenação nos órgãos.

Que fique bem claro que todo o nosso corpo, desde as minúsculas células até a nossa pele, que fica na parte de fora, precisa de oxigênio para sobreviver. Como ele consegue isso? Quando respiramos, as hemoglobinas, que ficam no sangue, se agarram ao oxigênio que absorvemos e o levam a todas as partes do organismo. Oxigênio não é gás carbônico. Fumaça de cigarro tem muito gás carbônico. E para o nosso azar, as hemoglobinas têm mais facilidade de carregar gás carbônico do que oxigênio. O que acaba acontecendo é que quando o corpo inala a fumaça do cigarro, as hemoglobinas se agarram no gás carbônico, levando-o às células e órgãos que, quando recebem as benditas, opa, não encontram o oxigênio que precisam ou apenas uma pequena porção dele. Falta de oxigênio leva à falência de todo e qualquer órgão, e eventualmente à morte.

É, cigarro é ruim para o aparelho respiratório, para a respiração dos órgãos do nosso corpo e para a circulação do sangue. Só isso? Não. Diversos tipos de cânceres já estão relacionados ao uso do tabaco, como câncer de pulmão, de boca, de nariz, de língua etc. Grávidas fumantes expõem seus bebês a todas as substâncias do cigarro. Alguns já nascem com doenças respiratórias, e a maioria estará suscetível a todas as complicações do cigarro. Em casos mais graves, a quantidade de cigarros fumados foi tamanha, que se chegou a encontrar alcatrão nos fios de cabelo do recém-nascido.

Junto com toda a agressão sofrida pelo organismo, o tabaco ainda tem o agravante de causar dependência. Isso porque os hormônios e outras substâncias que a nicotina libera no organismo, e que trazem tanta sensação de prazer e motivação, acabam perdendo efeito rápido, normalmente em torno de 10 a 20 minutos. Quando esse nível de hormônios ou o efeito da nicotina cai, o fumante sente uma necessidade desesperada de repor a sensação. Isso porque a falta do hormônio causa o dobro do efeito da presença dele no corpo, ou seja, falta de dopamina provoca depressão, tristeza, nervosismo, ansiedade, em doses ainda maiores. E aí, depois que já ficou dependente, nem que o fumante, agora que sabe dos efeitos do cigarro, queira parar, conseguirá facilmente. A estimativa é de que apenas 5% dos fumantes consigam parar de fumar sem ajuda profissional.

“Certo, quem sabe o cigarro faça mesmo muito mal. Mas eu não fumo. Não preciso me importar.” Isso não é completamente verdade. Por acaso você fica perto de algum amigo que fuma? Na sua casa seus pais fumam? Em barzinhos, boates etc., você avista pessoas fumando? Então, sinto lhe dizer, mas você também é uma vítima do tabaco. Há estudos comprovados de que o fumante passivo, que é a pessoa que está exposta à fumaça do tabaco, tem o dobro de chances de ter câncer, problemas respiratórios e muitas outras doenças do que uma pessoa que não se expõe à fumaça do cigarro.

Isso porque o fumante passivo acaba fumando a fumaça não filtrada. Como assim? Teoricamente, o fumante que fuma traga uma substância que antes passa pelo filtro do cigarro (aquela parte amarela na ponta que fica na boca). Não que isso adiante algo efetivamente, mas ainda assim é diferente do que simplesmente queimar tudo ali e inalar. O fumante passivo respira a fumaça que queima da ponta do cigarro que, além de se espalhar homogeneamente pelo ambiente, não passa pelo filtro. A dose é menor do que no caso do fumante, mas o estrago é notoriamente alto.

Por isso, defenda seu direito de um ar sem poluição, um ambiente livre do tabaco. Já que você escolheu não usar a droga, por que precisaria se expor às doenças que ela acarreta devido aos hábitos de outra pessoa?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O ciclismo indoor como prática possível para idosos


Uma revisão literária de 2002 a 2006, referente prática de ciclismo in door por idosos com idade entre 60 e 65 anos.

O crescimento da população idosa é fato que vem ocorrendo desde a década de 50 e, segundo projeções, deve crescer 16 vezes entre 1950 e 2020. Sabe-se que envelhecer é um processo que, do ponto de vista fisiológico, implica em alterações na funcionalidade dos sistemas. É clara a redução progressiva das aptidões funcionais, alterações estas que interferem na qualidade de vida do idoso, limitando sua capacidade de realizar atividades cotidianas com vigor, deixando sua saúde mais vulnerável.

Como o crescimento da população idosa ocorre não só no Brasil, mas no mundo todo, a manutenção da integração dos indivíduos na sociedade. Além das já existentes campanhas de incentivo a prática de atividade física voltadas a este grupo através dos profissionais da área da saúde e da imprensa, são necessárias, também, ações comunitárias, educativas e governamentais que proporcionem possibilidades de organização de grupos e condições possíveis para ela.

O envelhecimento pode ser compreendido como um processo múltiplo e complexo de contínuas mudanças ao longo dos anos, com alterações na visão, audição e da capacidade física, o que afeta fatores sociais e comportamentais. Uma idéia preconcebida sobre a velhice a caracteriza apenas pela decadência física e ausência de papéis sociais, desenhando a típica figura do velho esclerosado e inútil.

O sedentarismo do idoso provém, muitas vezes, de imposições sócio-culturais, mais do que de uma incapacidade funcional. Sabe-se, também, que boa parte das alterações fisiológicas e funcionais observadas nos idosos são resultantes da inexistência de estímulos e não apenas devidas ao processo natural de envelhecimento.

A prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde, como nas capacidades funcionais.

A participação regular de idosos em atividades físicas, realizando exercícios aeróbios e treinamento de força, promovem respostas orgânicas favoráveis que contribuirão para um envelhecimento mais saudável.

Os benefícios do programa aeróbio sobre o sistema cardiovascular podem incluir melhora na respiração, na circulação central, na função cardíaca, na circulação periférica, como também no metabolismo músculo esquelético e redução do percentual de gordura.

A atividade física pode ser um importante aliado para prevenção de doenças, promoção da saúde e da funcionalidade física dos idosos. Do ponto de vista psicológico pode-se afirmar que problemas relatados nesta faixa etária são ligados aos altos níveis de depressão e angústia, além de baixos níveis de satisfação de vida. As dificuldades dos idosos com as atividades do dia-a-dia devidas a problemas físicos ocasionam dificuldades nas relações sociais com outras pessoas e na manutenção da autonomia, trazendo prejuízos à saúde emocional.

O ciclismo indoor pode ser definido como uma atividade ministrada por um profissional para um grupo de indivíduos que variam em idade, sexo e aptidão física. É praticada em bicicleta estacionária, desenvolvendo treinamentos que promovem resistência aeróbia e anaeróbia, acompanhada ou não de um ritmo musical. Pode ser definido também como a prática do ciclismo em bicicletas estacionárias, realizado geralmente em academias de ginástica, com fins cardiovasculares, o RPM é um exemplo.

O ciclismo indoor surgiu como uma nova alternativa de atividade aeróbica dentro das academias, por meio de um programa de treinamento contínuo ou intervalado, visando a manutenção e melhora do sistema cardiovascular.

Quanto aos motivos que levam à sua procura, são divididos em internos e externos. Dentre os primeiros estão os fisiológicos, psicológicos e sociais, afiliação, poder e realização. Os demais se referem a incentivos, recompensas e dificuldades.

O ciclismo indoor pode ser uma atividade interessante para grupos especiais, praticada da maneira adequada e com orientações específicas.

Não é possível afirmar que o ciclismo indoor seja uma atividade interessante para todos os indivíduos que freqüentam uma academia. Ela só se torna interessante para aqueles cujas características da atividade coincidam com suas necessidades específicas. Sendo assim, quem procura o ciclismo indoor geralmente demonstra um perfil ativo, que precisa de intenso movimento muscular e que exige grande desprendimento de energia física.

Feitas estas considerações, pergunta-se: a prática do ciclismo indoor é realmente eficaz para o idoso?

Uma vez que se espera eficácia no desenvolvimento cardiorespiratório e cardiovascular, a prática seria eficaz também para outros aspectos, como composição corporal, aspectos sociais e psicológicos?

O presente estudo teve, portanto, como objetivo verificar a existência na literatura situada no período de 2002 a 2006 de impactos relatados como conseqüência do treinamento em ciclismo indoor em idosos com idade entre 60 e 65 anos, buscando verificar alterações no VO2 máx, flexibilidade, força de membros inferiores, composição corporal e efeitos sobre o estado de humor e satisfação com a própria vida.

Após o levantamento de dados bibliográficos, as informações coletadas na literatura disponível apresentam dados que, na sua grande maioria, convergem entre si, com pequenas divergências que abordaremos na seqüência.

Aptidão Física

Uma informação comum encontrada nas referências é com relação ao benefício do programa de treinamento aeróbico sobre diversos aspectos da aptidão física. Ponto comum e quase abordado pela maioria dos autores consultados é a melhora nos sistemas cardiorespiratório e cardiovascular em função da prática da atividade de predominância aeróbia.

Alguns autores especificam detalhadamente os itens que apresentam melhora, a exemplo de FIGUEROA (2002), que afirma que a atividade aeróbica provoca melhora na respiração, na circulação central, na função cardíaca, na circulação periférica e também no metabolismo músculo esquelético.

Podemos complementar com os itens apontados por DENADAI (2005) que aponta influência nas respostas fisiológicas como a ventilação pulmonar, o quociente respiratório, a produção de gás carbônico, o recrutamento das fibras musculares e a concentração de lactato, onde parece que estes itens dependem também da cadência da pedalada e da intensidade escolhida para analisar esta influência.

Ponto comum entre MELLO (2004), DOMINGUES FILHO (2005), FERREIRA (2005) é o fato de que o ciclismo indoor é uma forma de treinamento que pode ser aplicada a pessoas de diferentes faixas etárias e níveis de condicionamento físico, sendo necessário respeitar a individualidade biológica dos indivíduos praticantes. Porém MELLO (2004) afirma que a bicicleta atualmente utilizada no ciclismo indoor é ergonomicamente contra indicada para idosos, colocando em risco sua saúde.

DOMINGUES FILHO (2005) ressalta a procura do ciclismo indoor por portadores de patologias como diabetes, hipertensão e obesidade, sendo que afirma que estes podem praticar e ter benefícios com o treinamento, desde que certas variáveis sejam controladas, como sintomas subjetivos nos obesos, freqüência cardíaca e PA nos hipertensos e nível de açúcar nos diabéticos.

LÓPEZ (2004) complementa o âmbito da aptidão física ressaltando a necessidade de um cuidado especial com fatores primários de risco coronário entre os praticantes, além da possível divisão de turma por nível de aptidão física.

FIGUEROA (2002) afirma que o aumento do VO2Máx do adulto idoso dependerá da intensidade do treinamento, caso contrário os benefícios cardiovasculares serão mínimos ou nulos. Não foram encontradas informações sobre o impacto do treinamento do ciclismo indoor sobre as variáveis flexibilidade e força de membros inferiores na literatura pesquisada.

Composição Corporal

Poucos autores abordam claramente a influência do ciclismo indoor na composição corporal, porém uma informação comum entre MELLO (2004), DESCHAMPS (2005) E DOMINGUES FILHO (2005) é o impacto do treinamento de ciclismo indoor na redução do percentual de gordura corporal. Estes autores também abordam a influência do treinamento no controle do peso corporal e na melhora da estética. MELLO (2004) ressalta ainda o ganho de massa magra com a prática do ciclismo indoor.

Aspectos Psicológicos e Sociais

DOMINGUES FILHO (2005) aponta que o treinamento de habilidades mentais pode ser associado à prática esportiva e à atividade física, trazendo importantes benefícios. Este tipo de treinamento está relacionado a habilidades mentais ou comportamentais como: concentração, ativação, confiança, motivação, entre outras.

Há muitas informações sobre os aspectos psicológicos relacionados ao treinamento, algumas específicas sobre os idosos como DUARTE (2002) que afirma que eles têm uma concepção da atividade física relacionada à obtenção de benefícios físicos, psicológicos e sociais, ao prazer da participação ou ainda a necessidade de auto-eficácia.

Podemos complementar com as informações de BORGES (2004), ressaltando que no envelhecimento o entusiasmo é menor, a motivação diminui e são necessários estímulos bem maiores para fazer com que o idoso se interesse por coisas novas. Relacionado ao ciclismo indoor, podemos ressaltar as informações de DESCHAMPS (2005) que aborda os motivos que levam homens e mulheres a praticar o ciclismo indoor, motivos estes que são: prazer na atividade física, procurar melhorar a estética, aquisição de um melhor condicionamento físico, desejo de melhora na qualidade de vida. Além de apontar os benefícios da prática do ciclismo indoor como a melhora da auto-estima. Os indivíduos relatam que o ciclismo indoor auxilia no combate ao stress e durante a prática ocorre um relaxamento mental.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta revisão bibliográfica nos leva a acreditar que a prática do ciclismo indoor pode apresentar impacto positivo nos três âmbitos estudados, ou seja, aptidão física, composição corporal e aspectos psicológicos.

Porém, a literatura não apresentou informações específicas, sobre o impacto do treinamento na população idosa. Há informações e estudos já bem avançados sobre atividade física para idosos, mas não especificamente sobre o ciclismo indoor para esta população, sendo restritas a população adulta, ou seja, adultos jovens.

Sendo assim, julga-se necessário a realização de estudos de campo voltados à verificação do impacto de treinamento de ciclismo indoor na população idosa, analisando os pontos ressaltados no estudo realizado: aptidão física, composição corporal e aspectos sociais e psicológicos.



Fonte:

efdeportes.com
Resumo do Artigo elaborado na Universidade São Judas Tadeu - São Paulo.(Brasil)
Por: Lucas Moreira Gonçalves Luiz Fernando Santoro Camões Sergio Cardoso Carvalho

quarta-feira, 8 de julho de 2009

POWER JUMP E DRENAGEM LINFÁTICA








Power Jump® é um programa desenvolvido pela Body Systems que proporciona condicionamento físico, alto gasto calórico e melhora da postura utilizando o mini-trampolim. Sou professora dessa modalidade a 5 anos, desde que foi lançado.

Saltos sob mini-trampolim equivalem a uma sessão intensa de drenagem linfática. Comparado com as massagens corporais, Power Jump traz melhores resultados pela alta contração dos músculos inferiores, além de promover uma perca de até 700 cal/aula, dependendo do condicionamento do aluno e de seu desempenho na aula. Exercícios que aliam drenagem linfática, resistência e movimentos de alta contração dos músculos das pernas.
O Power Jump é considerado uma excelente drenagem linfática, pois traz melhores resultados do que os obtidos com as tradicionais massagens corporais. Isso porque a massagem, não provoca a contração voluntária dos músculos, ao contrário do exercício físico que realiza uma contração gerada pelo próprio músculo em atividade. A forma mais conhecida de incentivar a drenagem linfática é a massagem. Por meio da palpação, garante um sentido de compressão na musculatura que atinge os vasos linfáticos, fazendo com que seja gerada uma linha ascendente da linfa por meio dos vasos, o que diminui os índices e acúmulos desta excreção. Já durante os movimentos do Power Jump, os saltos no mini-trampolim geram uma grande contração dos músculos dos membros inferiores, gerando ao redor dos vasos linfáticos uma compressão capaz de provocar uma curva ascendente muito maior do direcionamento da linfa para a bexiga. Isto explica o desejo em urinar logo após a aula.

Como resultados comprovados da prática do Power Jump, o treinador destaca a desobstrução da corrente sanguínea, combate a edemas e auxílio aos gânglios na excreção das toxinas por meio dos órgãos responsáveis: rins, intestinos e glândulas. “A linfa é o resultado de um sistema de filtragem do sangue que ocorre nos gânglios, responsáveis pelo sistema de defesa natural e que produzem um líquido formado por proteínas e toxinas, expelidas do corpo por meio do sistema linfático. Este processo pode ser lento ou dificultado por fatores como maus hábitos alimentares, sedentarismo, stress e acúmulo de ácido láctico”, explica o treinador da Body Systems, Evandro Siqueira.


* A aula é contra-indicada a gestantes, pessoas com labirintite (não tratada) e praticantes que apresentam grandes instabilidades nas articulações dos membros inferiores – tornozelos, joelhos e quadril.


Benefícios:




- Eliminação dos ácidos lácticos;
- Desintoxicação dos tecidos;
- Diminuição da gordura localizada;
- Quebra de fibroses e celulite;
- Potencialização e oxigenação da musculatura, favorecendo o aumento de força e da hipertrofia dos membros inferiores (aumento de massa muscular);
- aumento e melhora da contração de estabilizadores (abdominal e lombar);
- gasto calórico de até 700 K/cal;
- melhora da condição cardio vascular;
- melhora das habilidades motoras;
- aumento da concentração;
- aumento do equilíbrio corporal, pois é uma modalidade também com objetivo proprioceptivo, etc.





VENHA FAZER UMA AULA COMIGO... ENTRE EM CONTATO!!!!

Fonte:
Publicada em 20/5/2008
+ adaptações de Luciane (EU)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Por que a musculação é tão recomendada?


A musculação é, hoje, uma das atividades mais recomendadas, seja para quem quer emagrecer, aumentar ou definir a musculatura, como também, evitar lesões e até tratá-las, além de ficar "sarado" e com um corpo forte, saudável e bonito.


Desde que seja bem orientada por um profissional de educação física, esta atividade pode trazer grandes benefícios para todos, de adolescentes à idosos.

Mas, infelizmente, muitas pessoas evitam fazer exercícios com peso, pois apresentam receio e até medo de ficarem musculosas demais. Saiba que você somente ganhará músculos volumosos se você quiser, por isso é importante uma boa orientação, que esteja de acordo com o seu interesse e necessidade.


Veja alguns benefícios que a musculação pode trazer:


- Praticando musculação regularmente, há uma enorme melhora na parte estética, pois trabalhando os músculos, você irá modelar o seu corpo, deixando-o mais firme e bonito. A gordura é disforme e em excesso deixa o seu corpo deformado. A musculação ajuda a eliminar gordura e aumenta a massa muscular, fazendo com que você fique mais bonito.

- Através da musculação, você pode aumentar muito a sua força muscular, pois irá fortalecer os músculos, tornando uma pessoa mais forte. Ao treinar, você estará exercitando não só o corpo, mas também seu cérebro que fica mais eficiente no comando da massa muscular.

- A musculação torna o coração mais saudável. Até pouco tempo, apenas as atividades aeróbias eram recomendadas para a saúde cardíaca, mas isto vem mudando. A musculação treina o coração para esforços intensos, enquanto os exercícios aeróbios preparam o coração para atividades suaves e prolongadas. Quando a pessoa fortalece os músculos, a freqüência cardíaca e a pressão arterial sobem menos com o esforço.

- A musculação melhora a postura, pois a maioria dos casos de dores nas costas é relacionada à fraqueza muscular e à falta de flexibilidade. Assim sendo, o trabalho com peso é indicado nestes casos, pois os músculos (que sustentam os ossos) se tornam mais resistentes.

- Você vai melhorar a sua auto-estima, ficando mais bonito, ágil, saudável, confiante e de bem consigo mesmo.

- Melhora o sono e o bem estar. Depois de fazer uma atividade aeróbia é normal você se sentir mais ágil e disposta. Daí para dormir bem é muito fácil.

- A musculação rejuvenesce e mantém você jovem. A partir dos 30 anos, nós começamos a perder massa muscular e podemos chegar a perder 30% de massa magra até os 80 anos. Todos nós envelhecemos, mas quem faz musculação, retarda este envelhecimento. A perda muscular é amenizada para quem faz exercícios com peso.

- A musculação ajuda a emagrecer. Todos os exercícios ajudam na perda de peso, em todos há um gasto calórico, uns menos, outros mais. A longo prazo, os exercícios com peso, apresentam um importante papel, pois aumentam a taxa metabólica basal.

- Com a musculação, você vai amenizar, e muito, a celulite, pois aumentando a massa muscular, sua pele (em cima do músculo) fica mais lisa. A redução da gordura não melhora a aparência da pele. Ela pode ficar flácida e cheia de furinhos, mas se você fizer exercícios com pesos, evitará a flacidez e definirá os músculos, minimizando a celulite.

Você pode evitar doenças, entre elas:

  • Osteoporose - A musculação estimula a produção de células ósseas fixando cálcio e aumentando a densidade óssea. Atividades aeróbias de impacto, como a corrida, também oferecem este benefício, mas os exercícios com peso são mais seguros para as articulações.

  • Artrose (desgaste das articulações) - Quando os músculos são fortalecidos, propiciam maior estabilidade as articulações, promovendo menor desgaste entre os ossos.

  • Diabetes - Quanto maior é a massa muscular, mais o organismo queima glicose (substância que em excesso no sangue causa o diabetes).

Mas atenção! Intercale os dias de exercícios com peso, com exercícios aeróbios e faça alongamentos antes e depois das atividades.

O que você está esperando para malhar na musculação??? O verão chegar?? Comece HOJE mesmo!!!

FONTE: Anotações pessoais e TERRA

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Chá verde pode retardar câncer de próstata


Estudo indica que substância presente na bebida tem o potencial de reduzir a incidência e retardar a progressão do tumor


Uma substância encontrada no chá verde parece retardar o desenvolvimento do câncer de próstata, segundo estudo britânico publicado na revista Cancer Prevention Research. Diversas pesquisas indicam os benefícios do chá contra uma grande variedade de condições, como as doenças cardíacas e o Alzheimer. E o novo trabalho mostra os efeitos da bebida no controle de tumores.

Avaliando 26 homens com idades entre 41 e 72 anos diagnosticados com câncer de próstata e com cirurgia marcada, os pesquisadores notaram que aqueles que tomaram cápsulas contendo um componente do chá verde chamado polifenol por mais de 30 dias apresentaram, antes da cirurgia, menores níveis de importantes marcadores que indicam o desenvolvimento do câncer: PSA, VEGF e HGF.

Os autores destacam que algumas substâncias presentes no chá verde, principalmente os polifenóis, “podem ter o potencial de reduzir a incidência e retardar a progressão do câncer de próstata” e poderiam ser base de medicamentos para a prevenção da doença. Porém, a quantidade ingerida no estudo seria o equivalente a 12 xícaras diárias, mostrando que o consumo da bebida para a prevenção não seria indicada.
Fonte: Revista Sport Life - 22.06.09

domingo, 5 de julho de 2009

Estresse engorda

Cérebro estressado age como se estivesse em perigo, ordenando ao corpo que ele tem de se reabastecer de energia e comer

Não tem jeito. O estresse faz parte da vida. O que talvez poucos saibam é que ele também tem a sua responsabilidade no aumento dos ponteiros da balança. O corpo responde a ele – seja estresse físico, seja psicológico – da mesma forma.
Cada vez que você tem um dia complicado, o cérebro age como se você estivesse em perigo e ordena às células do corpo para liberar potentes hormônios, entre eles a adrenalina e o cortisol, que dizem ao organismo que ele deve se reabastecer de energia, fazendo-o ter fome, muita fome.

A liberação de cortisol continua até que as coisas se acalmem. O problema é que são poucos aqueles que têm cenouras e barrinhas à mão. "A maioria acaba se enchendo de doces e comidas ricas em gordura porque elas estimulam o cérebro a liberar substâncias químicas ligadas ao prazer, que reduzem a tensão", explica Elissa Epel, da Universidade da Califórnia.

E mais: quando as glândulas adrenais produzem cortisol, cai a fabricação da testosterona, hormônio ligado ao crescimento muscular. "Com o tempo, isso leva a uma redução da massa muscular e, com isso, o corpo queima menos calorias."
O hormônio também encoraja o corpo a estocar gordura, especialmente a do tipo visceral, perigosa porque circunda órgãos vitais e libera ácidos graxos ao sangue, elevando os níveis de colesterol e abrindo caminho para as doenças do coração e o diabetes.

Fonte: Revista Sport life - 02.07.09

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Há aumento do peso corporal nos finais de semana e nas festas de final de ano?


Análise em participantes de programa de exercício supervisionado.

(artigo científico)


FUNDAMENTAÇÃO: Acredita-se que o peso corporal (PC) de adultos tende a aumentar fora dos dias úteis, seja pela maior ingestão ou pela redução de exercício. Objetivamos verificar se o PC aumenta nos finais de semana e nas festas de finais de ano.

MÉTODOS: Analisamos, retrospectivamente, os dados de 53 adultos (36 homens), com idade entre 38 e 81 anos (64 ± 10), freqüentando um programa de exercício supervisionado - três a seis sessões semanais de 60 minutos, incluindo exercícios aeróbicos, de fortalecimento muscular e de flexibilidade individualmente prescritos. Excluíram-se aqueles que faltaram mais de 25% das sessões, mais de duas semanas consecutivas ou que faziam uso de diuréticos ou outras medicações capazes de afetar o PC. O PC foi registrado antes de cada sessão. Foram analisados os dados registrados em duas semanas do mês de novembro e nas duas sessões pré e pós-festas de final de ano.

RESULTADOS: Houve estabilidade no PC - (média ± erro padrão) 74,6 ± 1,7 vs. 74,6 ± 1,7kg -, respectivamente, antes e após o final de semana (p = 0,382), enquanto houve um aumento pequeno, porém significativo, com as festas de final de ano - 74,3 ± 1,7 vs. 74,9 ± 1,7kg

DISCUSSÃO: Em adultos participantes de um programa de exercício supervisionado, o impacto do final de semana e das festas de final de ano sobre o PC é nenhum ou pequeno e provavelmente restrito a apenas uma parcela pequena dos homens mais pesados. Provavelmente o estilo de vida mais saudável permite com que não haja um desequilíbrio importante entre a ingestão de calorias e o dispêndio de energia pelo exercício físico nas circunstâncias estudadas.


Fonte: Revista Brasileira de Medicina do Esporte
2004, vol.10, n.3, pp. 181-183. ISSN 1517-8692. doi: 10.1590/S1517-86922004000300007.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Anticoncepcional pode atrapalhar exercícios


Estudo norte-americano sugere que o uso de pílulas anticoncepcionais diminui ganho de massa muscular


Mulheres jovens que usam pílula anticoncepcional têm mais dificuldades de ganhar massa muscular com exercícios do que aquelas que não tomam a pílula, segundo estudo da Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos.


A análise incluiu 73 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 31 anos que fizeram exercícios de resistência (como musculação) três vezes por semana durante dois meses e meio e que foram incentivadas a ingerir bastante proteína, para ganho muscular. E os resultados indicaram que aquelas que tomavam pílula anticoncepcional tiveram menor ganho de massa muscular – 2,1%, contra 3,5% daquelas que não usavam contraceptivos orais.


Essa grande diferença foi surpresa para os pesquisadores, que também descobriram que essas mulheres teriam menores níveis sanguíneos de três hormônios “construtores de músculo” e maior concentração de um hormônio “quebra-músculos”. Isso, segundo eles, poderia explicar a relação entre o uso da pílula e menor ganho muscular.


Fonte: Revista Sport Life - abril/09