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domingo, 21 de novembro de 2010

Estudo da Anvisa mostra alimentos com maior quantidade de sódio








Macarrão instantâneo é o produto com maior quantidade da substância.




Sódio é responsável por doenças crônicas, como hipertensão e colesterol.

Estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta o macarrão instantâneo como o produto com maior quantidade de sódio, dentre 20 categorias de alimentos analisados.

De acordo com o estudo, a quantidade de sódio presente em uma porção de macarrâo instantâneo é superior a uma colher rasa de sal, porção recomendada de consumo diário da substância. O excesso de sódio é apontado como um dos responsáveis pelo aumento dos registros de doenças crônicas, como hipertensão, problemas cardíacos, de colesterol e de rins e obesidade.

Ao todo, ao Anvisa analisou 20 categorias de alimentos, especialmente as que são mais consumidos por crianças, como os salgadinhos de milho, macarrão instantâneo, biscoitos recheados e refrigerantes.

Segundo a Anvisa, o consumo de um pacote de salgadinho de milho ultrapassa a quantidade máxima de sódio recomendada por dia. O resultado do estudo será encaminhado pela agência para o Ministério da Saúde, a fim de que sejam adotada medidas de controle mais eficazes junto aos fabricantes de alimentos. "O nosso mais desafiador trabalho é comunicar os riscos desses alimentos para a sociedade. Precisamos dizer para a população que existem alimentos iguais, mas menos saudáveis. Infelizmente, não podemos dizer [que] a Vigilância Sanitária recomenda este ou aquele produto", disse a diretora da Anvisa Maria Cecília Brito.

Além da presença de sódio em vários produtos, a pesquisa Perfil Nutricional dos Alimentos Processados também analisou a quantidade de gordura, açúcar e ferro presente em alguns tipos de alimentos.

Na batalha palha, 55% das nove marcas analisadas apresentaram quantidade de gordura saturada registrada acima do indicado. Os biscoitos feitos à base de polvilho foram os que registraram maior índice de gordura, tanto a saturada quanto a trans.

Apesar de os índices serem considerados "alarmantes" pela agência, a Anvisa não considera necessária a aplicação imediata de punições para os fabricantes desses tipos de alimentos. De acordo com a diretora da agência, há uma disposição dos fabricantes em produzir alimentos mais saudáveis. A recomedação da diretora é que a população preste atenção nos rótulos dos produtos."Existem indústrias que já conseguem fazer produtos mais saudáveis. Queremos que todas possam fazer. Seria insano lançarmos a proibição desses alimentos. Existe uma disposição fantástica do setor produtivo. Eles colaboraram e temos todos os motivos para acreditar que avançamos para um momento salutar da saúde pública brasileira", afirmou.


O estudo da Anvisa também apontou que a presença de sódio em refrigerantes de baixas calorias é superior em relação aos refrigerantes comuns. Segundo a agência, o motivo é a maior presença de corantes no produto.Já os sucos feitos à base de néctar foram os que tiveram a maior quantidade de açúcar registrada. Nos sucos feitos com polpa de fruta, o de manga foi o que apresentou menor quantidade de açúcar. O de uva foi o que apresentou maior quantidade de açúcar.

Por Iara Lemos

Fonte: Portal da Educação Física - 18.11.10

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

20 TROCAS QUE VALEM A PENA

Todos os dias da semana no controle, indicação da FÊ... Brigadão xuxu!!!

20 TROCAS QUE VALEM A PENA

1 Pão francês por integral - Eis uma forma de começar o dia protegendo as artérias. A massa integral presenteia o organismo com boas doses de fibras. Esse ingrediente serve de alimento a bactérias aliadas que moram no intestino. Bem nutridas, algumas delas fabricam mais propionato, uma substância que tem tudo a ver com os níveis de gordura na circulação. “Ao chegar ao fígado, ela diminui a produção de colesterol”, explica a gastroenterologista Jacqueline Alvarez-Leite, da Universidade Federal de Minas Gerais. Com isso, cai também a quantidade dessa partícula no sangue.








2 Leite integral por desnatado - Esse esquema garante a entrada do cálcio, tão caro aos ossos, sem um bando de penetras gordurosos. A bebida desnatada tem o mesmo teor do mineral, com a vantagem de ostentar menos ácidos graxos saturados. O excesso desse tipo de gordura eleva os níveis de LDL, a fração ruim do colesterol. “Isso porque reduz o número de receptores que captam LDL nas células”, ensina a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Se esse mecanismo não funciona direito, o colesterol vaga no sangue, pronto para se depositar na parede das artérias.







3 Óleo de soja e outros por azeite - O ganho dessa troca vem da combinação entre gorduras benéficas e antioxidantes que povoam o óleo de oliva. Uma de suas vantagens é fornecer doses generosas de ácidos graxos monoinsaturados. “Eles não aumentam os níveis de LDL e ainda ajudam a erguer um pouco as taxas de HDL, o colesterol bom”, afirma o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração de São Paulo. “Além disso, os compostos fenólicos do azeite evitam a oxidação do colesterol, fenômeno que propicia a formação das placas”, completa Jorge Mancini, diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.






4 Pizza de mussarela pelas de vegetais - A ideia pode não agradar aos fãs mais puristas das pizzarias, mas presta um enorme serviço aos vasos sanguíneos. Deixar camadas e mais camadas de queijo de lado de vez em quando significa podar gordura saturada do cardápio. Como você viu, ela protagoniza o disparo do LDL, o tipo perigoso do colesterol. Substituir a mussarela ou a quatro queijos pelas redondas cobertas de vegetais é uma saída para degustar pizzas sem receio. Opções não faltam — vale pizza de escarola, de rúcula, de brócolis e até de abobrinha. E elas oferecem um bônus: pitadas de fibras e antioxidantes.







5 Salgadinhos por castanhas - Essa troca é destinada àquele momento em que pinta a fome no meio do dia. Solução fácil, mas nada saudável, seria recorrer aos salgadinhos ou biscoitos recheados, petiscos que costumam contar com gordura trans em sua receita. “Ela não só faz aumentar o LDL como ainda contribui para derrubar o HDL”, alerta Ana Maria Lottenberg. Para escapar da malfeitora, aposte nas castanhas e nas nozes — legítimos depósitos da gordura monoinsaturada, que faz exatamente o trabalho oposto. “As oleaginosas ainda são fontes de antioxidantes”, lembra Jorge Mancini.







6 Cereais açucarados por aveia - A aveia tem fama de ser um dos cereais mais nutritivos do planeta. Por isso merece um espaço logo no café da manhã — seja na forma de flocos, seja no mingau. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina comprova, mais uma vez, sua capacidade de cortar a gordura que sobra no sangue. “A aveia é rica em betaglucanas, fibras fermentadas no intestino e capazes de regular a síntese de colesterol”, explica a autora, Alicia de Francisco, que também é coordenadora para a América Latina da Associação Americana de Químicos de Cereais. “Observamos que elas ainda aumentam o HDL.”







7 Bauru por peito de peru e queijo branco - Calma, não pretendemos condenar ao ostracismo um lanche tão tradicional como o bauru. O problema é que ele deixa a desejar se as taxas de colesterol já rumam aos céus. Basta averiguar seus ingredientes: queijo prato e presunto, redutos de gordura saturada e colesterol. Que tal substituí-lo por um sanduba de peito de peru e queijo branco, que é mais esbelto do que seu congênere? Experimente. Só é preciso ficar atento ao tamanho do lanche. Ora, uma gigantesca baguete recheada pode fornecer mais calorias e gorduras do que um bauru de porte modesto.







8 Camarão por peixe - Convenhamos: frutos do mar não são tão frequentes no prato do brasileiro. Mas vale ficar atento durante aquela viagem à praia para não se abarrotar de camarões. Eles encabeçam o ranking marinho de colesterol — são 152 miligramas da gordura em uma porção de 100 gramas. Ou seja, quase o triplo do que é oferecido pela mesma quantidade de um peixe gordo como o salmão. Esse pescado se sai melhor também por outro motivo: ele é carregado de ômega-3. E uma nova pesquisa da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, revela: o ômega diminui a captação de LDL pela parede das artérias, prevenindo as placas.







9 Picanha por lombo - O porco não é mais gordo que o boi nem o boi é mais gordo que o porco. Tudo é uma questão de corte. Há peças bovinas com menos gordura saturada, caso da alcatra e do filé mignon, e há aquelas parrudas, como a picanha e o cupim. O mesmo raciocínio se aplica à carne suína: o lombo é mais magro que o pernil. Mas saiba que há medidas para retalhar o possível malefício de qualquer corte rechonchudo. “Limpe a peça antes de cozinhá-la, retirando toda gordura aparente”, ensina Ana Maria. Até porque, apesar de a gente não ver, altas doses do nutriente já estão emaranhadas na carne.







10 Manteiga por margarina - Elas mantêm uma rivalidade histórica e ainda suscitam debates entre os experts. No duelo em prol de artérias saudáveis, porém, a margarina leva certa vantagem, porque não conta com a famigerada gordura de origem animal e o colesterol. Nos últimos anos, a indústria tem acrescentado componentes à sua fórmula para torná-la mais benéfica. Entre eles, destaque para os fitosteróis, que facilitam a expulsão do colesterol pelas fezes. “Os produtos enriquecidos com essa substância são indicados a quem já tem colesterol alto”, avisa Ana Maria.







11 Quindim por compota de frutas - Os doces costumam ser condenados por carregarem açúcar demais. Quando a discussão envolve colesterol, porém, o açúcar pesa menos do que outro ingrediente comum em quindins, brigadeiros e bolos: a gordura. A manteiga, o creme de leite e outros ingredientes gordurosos que dão consistência aos quitutes levam consigo ácidos graxos saturados, que alavancam as taxas de LDL. Não à toa, os especialistas aconselham trocar esse tipo de sobremesa por opções que, sem perder o sabor adocicado, são desengorduradas. O melhor exemplo são as compotas de frutas. Só não vale, é claro, abusar






12 Suco de laranja pelo de uva - Essa é para matar a sede e resguardar o peito. É na casca da uva que está um parceiro do coração, o resveratrol. “Ele atua na redução do colesterol e tem efeito antioxidante”, diz a bioquímica Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Ao impedir que as partículas de LDL se oxidem, a substância evita indiretamente que elas grudem na parede do vaso. Ao contrário do que muita gente pensa, o resveratrol não é exclusivo do vinho. O suco de uva natural e feito na hora (com casca, por favor!) também o disponibiliza ao organismo.









13 Chá de ervas por chá-mate - Não é campanha contra a receita da avó, mas as infusões à base de camomila e afins perdem feio para o mate se o assunto é colesterol. Que o digam cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina, que avaliaram as propriedades dessa erva típica do sul do país. “Notamos uma queda de 8,5% nos níveis de LDL em voluntários com taxas normais e uma redução extra de 13,5% em pessoas que tomavam remédios para abaixar o colesterol”, conta o farmacêutico Edson Luiz da Silva, que liderou a pesquisa. A proeza vem das saponinas, moléculas presentes no mate. “Elas diminuem a absorção do colesterol no intestino, favorecendo sua excreção pelas fezes”, explica.





14 Cebola branca por cebola roxa - Essa troca pode ser estendida à alface e ao repolho: prefira sempre o roxo. As hortaliças com essa cor abrigam um pigmento que aplaca o colesterol, a antocianina. “Experimentos feitos em animais no nosso laboratório mostraram que ela reduz consideravelmente a concentração da gordura no sangue”, conta a professora Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa. “A substância inibe uma enzima que participa da síntese de colesterol no fígado, além de aumentar sua eliminação do organismo.” Morangos e cerejas, saiba, também são reservas de antocianinas.







15 Molho branco pelo de tomate - O macarrão é o mais inocente por aqui. Quem incentiva ou não a escalada do colesterol é o molho — sempre. O branco é bem gordo. Em 2 colheres de sopa encontramos 4,5 gramas de gordura. Como o preparo exige creme de leite e queijo, o prato fica cheio de ácidos graxos saturados. Uma bela macarronada ao sugo não guarda esse perigo. Nas mesmas 2 colheres de sopa, há somente 0,1 grama de gordura. “Apenas procure usar o molho de tomate feito em casa e evitar a manteiga no momento de refogá-lo”, orienta a nutricionista Ana Maria Lottenberg. E, se possível, opte pela massa integral.







16 Chocolate ao leite pelo amargo - O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. “Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição. “Sem falar que fornece catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação”, diz. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição







17 Sal por ervas e alho - Está em suas mãos uma maneira de preservar os vasos sem deixar a comida ficar insossa: em vez de exagerar no sal, ingrediente que patrocina a hipertensão, use a imaginação e as ervas aromáticas, além de alho. “Ele tem compostos capazes de controlar o colesterol”, exemplifica Vanderlí. E ervas como o orégano e o alecrim merecem ser convidadas à cozinha por causa do seu poder de fogo contra a oxidação, um fenômeno que, você já sabe, não poupa o LDL, tornando-o ainda mais danoso para as artérias. Mas essa ação pode minguar quando os ingredientes são expostos a temperaturas elevadas. Procure acrescentá-los nos minutos finais do cozimento.





18 Frango com pele pelo frango sem pele - Muita gente pensa que basta despir uma coxa de frango assada no prato para se livrar de um boom de colesterol. Ledo engano. “Retirar a pele é, sim, fundamental, mas isso deve ser feito antes de levar a carne ao fogo”, esclarece a nutricionista Cláudia Marcílio, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. “Quando submetidos ao calor, a gordura saturada e o colesterol da pele conseguem se dissolver e penetrar na carne”, justifica Ana Maria. Aí, será tarde…









19 Queijo pelo tofu - A intenção não é jogar mais pedras sobre o parmesão, o provolone e até o minas, mas abrir espaço ao tofu, que é feito de soja. Ele é uma preciosidade porque concentra o que o grão tem de melhor: proteínas e isoflavonas. “A proteína da soja aumenta a atividade de receptores que colocam o LDL para dentro das células e inibe a principal enzima responsável pela produção de colesterol”, explica a nutricionista Nágila Damasceno, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. E as isoflavonas não só potencializam a queda do LDL como evitam sua oxidação.







20 Pipoca de micro-ondas pela de panela - Faz toda a diferença investir um tempo a mais para estourar o milho no fogão. “É uma forma de controlar a quantidade de gordura no preparo, porque no produto de micro-ondas ela já é fixa”, argumenta a doutora em ciência dos alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A versão que ganha na praticidade perde pontos porque carrega ácidos graxos saturados e trans. “Na panela, dá para usar um óleo mais saudável, como o de canola”, diz Cristina. Daí, você aproveita as fibras do milho, deixando seu colesterol em paz.
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0312/nutricao/vinte-trocas-inteligentes/passo20.shtml

domingo, 31 de outubro de 2010

Renda mais - Hidrate-se


A primeira coisa é hidratar-se bem. A desidratação piora o rendimento e reduz a resistência, o que significa que ficará mais susceptível a doenças.


Lei de ouro: beba ainda que não tenha sede.


Encha os seus músculos com a gasolina do corpo humano. O combustível para eles chama-se glicogênio e é formado a partir dos carboidratos da dieta. Um regime hipocalórico não fará com que renda nem queime gorduras. Se faltar energia no organismo para suportar um treino longo, a gordura não chegará a ser queimada como combustível.


Evite comer logo antes de treinar. O mais importante é se alimentar nas horas que antecedem a sessão de exercício ou imediatamente após. Evite bebidas excessivamente açucaradas.


Fonte: Revista Soprt Life - 04.10.10

domingo, 24 de outubro de 2010

Saiba qual é o momento ideal para voltar a fazer exercícios após a cirurgia plástica


Estar em boa forma física antes da cirurgia plástica contribui com os resultados do procedimento.


Após a cirurgia, os exercícios físicos ajudam a tonificar a musculatura, o que otimiza os efeitos sobre a região submetida à cirurgia plástica. Mas, para que os exercícios não interfiram nos resultados da cirurgia plástica é preciso avaliar, caso a caso.


— Defendemos a prática dos exercícios após a cirurgia porque eles ajudam na manutenção dos resultados da plástica e melhoram o contorno corporal. A cirurgia plástica, sozinha, não opera transformações milagrosas na vida, ela integra um plano de bem-estar, que inclui atividade física e dieta alimentar equilibrada. Quando a pessoa não segue este plano, a tendência é que volte a engordar e a se sentir insatisfeita, como antes da cirurgia — diz o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada, de São Paulo.


Assim, após a cirurgia plástica é muito importante praticar atividades físicas para fortalecer e tornear os músculos, equilibrar o gasto calórico e manter o resultado do procedimento cirúrgico.


— Muitos exercícios ajudam a garantir ou até a intensificar os resultados finais da cirurgia. Por exemplo, fazer uma abdominoplastia e não seguir um programa de exercícios não significa que a cirurgia plástica não apresentará um bom resultado, mas, ao fazer abdominais, os músculos desta região se fortalecem, complementando o resultado cirúrgico — explica Penteado.


Os exercícios físicos também contribuem na prevenção do aparecimento da flacidez muscular, pois melhoram a circulação sangüínea da pele, o que proporciona mais elasticidade.


— Exercícios físicos são fundamentais em cirurgias ligadas ao contorno corporal, como a lipoescultura ou lipoaspiração. Como os músculos estão abaixo da gordura e da pele, se eles estiverem tonificados, o resultado será melhor. Músculos tonificados por meio de exercícios físicos melhoram o contorno corporal, deixando a barriga mais reta — explica o especialista.


— Porém é muito importante não negligenciar o pós-operatório. É preciso respeitar o tempo de repouso estipulado, que varia de cirurgia para cirurgia e de paciente para paciente", destaca o cirurgião plástico. É importante que, após a plástica, o paciente não retome os exercícios por conta própria, é essencial o acompanhamento do cirurgião plástico e de um educador físico nesta decisão — ressalta.


— Enquanto existirem pontos na região operada, o paciente não pode fazer exercícios físicos. É importante exercitar-se, após a cirurgia, mas num ritmo apropriado a cada paciente. O aumento da intensidade da atividade física deve ser gradual e sempre com o acompanhamento de um profissional — explica o médico.


TEMPO MÉDIO PARA VOLTAR A SE EXERCITAR


Prótese de mamas

Exercícios físicos que utilizem os braços de forma intensa só são permitidos após 60 dias. A paciente precisa aguardar este prazo para realizar exercícios de braço, como aqueles realizados nos aparelhos de musculação. A mulher também deverá utilizar, desde o início da prática da atividade física, tops que ofereçam um bom suporte para evitar que os seios balancem.


Prótese de glúteo

Exercícios físicos liberados após 90 dias.


Lipoaspiração

Exercícios depois de 30 dias. O uso da cinta não é necessário durante os exercícios, mas ela deve ser colocada depois dos exercícios.


Abdominoplastia

Exercícios que movimentam o abdome são liberados após 60 dias.


Rinoplastia

Exercícios depois de 30 dias. Esportes de contato e modalidades com bola devem ser evitados por, pelo menos, dois meses.


Fonte: clickRBS - 22.10.10

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dá para emagrecer dormindo? Sim, é só fazer musculação


Ao pensar em alguma atividade para emagrecer, invariavelmente a corrida, bicicleta, caminhada, ou seja, exercícios aeróbicos, são os primeiros da lista. O que você provavelmente não sabe é que, a longo prazo, o gasto de energia em musculação pode ser superior. E se você está destreinado, os exercícios de força consomem mais energia em menos tempo.

As atividades aeróbicas queimam gordura, mas só após certo tempo. Já os exercícios mais intensos e não tão longos, como a musculação, queimam reservas mais rápidas encontradas no músculo, como o ATP, o glicogênio e a creatina. Por isso, têm a fama de não ajudar no emagrecimento.

No entanto, nas horas posteriores (e mesmo dias depois), o corpo precisa recuperar as reservas energéticas utilizadas no esforço. Além disso, é preciso recuperar as células musculares e aumentar o volume de músculo (hipertrofia) como adaptação ao esforço sofrido. Para tudo isso o corpo utiliza energia, as tão famosas calorias, que vêm em sua maior parte das reservas de gordura. O total gasto durante o treino deve ser visto junto com o que foi gasto nas horas posteriores.

Assim, o total de energia gasta em um treino de musculação com maior intensidade e menor duração pode ser semelhante ao de um treino aeróbio mais longo. Uma pessoa destreinada pode não aguentar tanto tempo de corrida quanto seria necessário para emagrecer. Já na musculação, com intervalos, é possível começar com treinos que já consomem mais energia.

Emagreça dormindo

A musculação proporciona a alteração da composição corporal: ganha-se (ou pelo menos mantêm-se) os músculos, que constituem a massa magra, e perde-se gordura, a massa gorda. O professor Tiago Poggio, da academia Bio Ritmo, comenta que “o emagrecimento deve estar relacionado com a perda de massa gorda e não de massa muscular”.

Nessa conta, muitas vezes o efeito não aparece na balança, pois a massa muscular pesa mais do que a gordura, ocupando um volume menor. Ou seja: podemos emagrecer visivelmente, ganhando músculos e perdendo medidas, sem que isso seja perceptível no peso.

A massa magra também acelera o nosso metabolismo: os músculos gastam mais energia para se manter do que a gordura. Com isso, o aumento da massa magra acarreta um aumento da energia necessária para manter o corpo vivo no seu dia a dia (taxa metabólica de repouso). Assim, o ganho de massa muscular contribui para o aumento do gasto energético em repouso, e você emagrece dormindo.

Um pequeno aumento da massa magra provoca um aumento quase insignificante do metabolismo, mas algumas alterações fisiológicas (ainda não completamente explicadas) indicam que a musculação gera um aumento do metabolismo desproporcional ao ganho de massa muscular, bem mais significativo para o total de energia gasta em um dia.

Dieta mais exercício

Assim como qualquer outro exercício, a musculação não faz milagre. Ela terá efeitos muito maiores se combinado com uma alimentação adequada, o que não significa passar fome. O corpo precisa de uma série de nutrientes para compor a nova massa muscular, para isso, uma alimentação balanceada é essencial.

Na falta de alimento, a primeira coisa que o corpo faz é diminuir a massa muscular, pois ela consome muita energia. Mas, segundo o professor Paulo Gentil, presidente do Gease (Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios) e autor do livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas”, pesquisas mostram que mesmo em dietas muito restritivas, a musculatura é preservada se a pessoa fizer musculação e a massa gordurosa é perdida. Já se a dieta rigorosa for feita junto ao treino aeróbico, há perda de peso semelhante, mas também perde-se massa muscular, diminuindo o metabolismo de repouso. O ideal é consultar um nutricionista para adequar a dieta ao exercício e a seus objetivos de perda de peso.

Fonte: Portal da EF
por Ceres Prado

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Gelatina


Muitas pessoas associam a gelatina a uma sobremesa para crianças devido ao seu sabor doce e textura suave.


Quase toda a gente gosta, mas será um alimento recomendável para desportistas?


Gelatina Sim


A gelatina é uma substância de origem animal que se obtém a partir da hidrólise do colagénio da pele, cartilagem ossos e tecidos de animais e peixes. Trata-se de um alimento recomendável para desportistas porque contém água e é muito baixa em calorias (60 Kcal por 100 g), é isenta de gordura e é muito fácil de digerir. Contém 9 dos 10 aminoácidos essenciais, é muito rica em hidroxiprolina, glicina e prolina, componentes do colagénio, e também contém arginina, aminoácido percursor da creatina e outros aminoácidos como a L-fenilalanina e a L-tirosina que actuam como percursores dos condrócitos para a síntese do colagénio cartilaginoso. Um estudo europeu apontava que o HCP era capaz de reduzir a dor articular nas fases iniciais dos treinos. Não tem proteína, de uma maneira geral, ainda que tenha teores vestígios de aminoácidos. A única que fornece proteína é a neutra…


Gelatina Não


Algumas gelatinas que se vendem para fazer sobremesas são muito ricas em açúcares (açúcar, xarope de glucose, xarope de frutose, etc.), potenciadores de sabor e corantes para lhes dar um aspecto mais atractivo. Para garantir as suas qualidades, uma gelatina deve ser maioritariamente composta por proteína de colagénio hidrolizado ou HCP, que garante a segurança e a digestibilidade da gelatina e não deve ter açúcares acrescentados.


Veredicto


A gelatina neutra e sem açúcares ajuda a uma hidratação adequada, a não ganhar peso, fornece proteínas para manter a massa muscular depois do exercício intenso e ainda protege os ossos e articulações para prevenir lesões articulares. Além disso, é um alimento muito barato para estes tempos de crise e só tens de te assegurar de que estás a comprar a gelatina a sério, neutra ou a chamada “de peixe” para evitar as gelatinas de cores ou com açúcares adicionados. Podes então juntar fruta (1 porção por pessoa) para lhe dar sabor ou misturar no iogurte.


Fonte: Sport Life - 30.09.10

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Saiba como diferenciar exaustão de cansaço


Um simples estado de cansaço pode evoluir para o total esgotamento


Com a rotina corrida do dia a dia, o tempo que se dedica a tarefas para descansar o corpo e a mente é cada vez mais reduzido. Entramos num processo em que o corpo começa a ficar desgastado e a mente não consegue se "desligar" daquele projeto no trabalho, das contas para pagar, do boletim das crianças, da pia que começou a vazar (de novo) e de outra listas situações.


Tudo isso acaba acelerando um quadro de exaustão emocional, uma condição que é mais grave que a estafa e está a um passo do estresse e de suas consequências sérias para a saúde.


O conceito de exaustão está ligado ao conceito de estresse. O estresse é dividido em três níveis, chamados de alerta, reestruturação e, por fim, exaustão, que corresponde à fase em que o indivíduo já apresenta pensamentos negativos, falta de vontade de fazer as coisas, perda de sono, ansiedade acentuada, irritabilidade, entre outras características físicas como alergias, gastrites e enxaqueca.


A exaustão emocional, ao contrário do que se pode pensar, não está atrelada às condições de uma tarefa em si, mas a situações desagradáveis que acabam levando a um estresse psicológico. Como esclarece o especialista José Roberto Leite, chefe do núcleo de medicina comportamental da Unifesp, uma pessoa pode ter inúmeras tarefas para fazer relacionadas ao seu trabalho profissional. Porém, se gosta do que faz, isso não será um problema. "O perigo existe quando a pessoa fica muito tempo submetida a um estado de estresse psicológico, que aparece em função de uma situação desagradável qualquer", explica.


Essa pressão psicológica pode ser tanto externa, situações cujo controle não depende unicamente de uma pessoa, assim como ter origem interna, como características pessoais e qualidade de vida. "É fundamental que a pessoa fique atenta para não se submeter a essas pressões", afirma José Roberto Leite.


Diferença entre cansaço e exaustão


É comum dizer que estamos exaustos depois de um dia de esforço, seja físico ou mental. Porém, em geral, a verdade é que estamos cansados. Isso porque cansaço é caracterizado por um esgotamento momentâneo, eliminado de forma simples e instintiva, com boas horas de sono e atividades relaxantes. Já na exaustão, o desgaste é bem maior, na medida em que é constante, podendo ser eliminado apenas momentaneamente, de acordo com as distrações que cada um procura. Mas, a exaustão, só pode, na maioria das vezes, ser resolvida através de tratamentos e auxílio médico.


Segundo José Roberto, é possível identificar quando alguém passou de um estado de cansaço normal, para entrar em um processo de estresse. As próprias mudanças comportamentais, como excesso de pensamentos repetitivos e negativos, perda de interesse pelas coisas, falta de apetite, ansiedade, sensação de desamparo, irão indicar essa diferença. É importante também que familiares e amigos fiquem mais atentos ao notar qualquer alteração nesse sentido.


Situação sob controle


Como todos estamos expostos e não sabemos se (e quando) poderemos entrar em um estado típico de estresse, o ideal é nos forçar a adquirir hábitos que costumam deixar mais leve o nosso corpo e mente e ainda, liberam a nossa atenção para situações mais prazerosas. "Cuidados gerais com a saúde, exercícios de relaxamento e respiração, práticas meditativas, exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, dedicação ao lazer, tudo isso, aliado a um suporte familiar e social contribui e muito para amenizar as tensões do dia a dia e auxiliar a contorná-las", explica o especialista da Unifesp.


Por Andressa Basilio


Fonte: Porta da EF - 19.10.10

domingo, 17 de outubro de 2010

Estresse e dores nas costas estão fortemente ligados


Musculatura sensível à hormônios como o cortisol pode ser facilmente afetada


Existe uma forte conexão entre o estresse e as dores nas costas. O estresse causa a liberação de hormônios que aumentam a percepção da dor, como o cortisol e o adrenocorticotrópico (ACTH).


Os hormônios do estresse também causam tensão muscular. Os músculos podem ser tão tensionados ao ponto de levar a um doloroso quadro de espasmo muscular. Os músculos das costas e do pescoço são particularmente mais sensíveis aos efeitos do estresse.


A tensão muscular reduz a circulação sanguínea para os tecidos, desta maneira, reduz a quantidade de oxigênio e nutrientes que deveriam chegar até para eles. A circulação adequada é necessária para liberar resíduos ácidos (bioprodutos da atividade muscular) dos tecidos. O acúmulo deles nos tecidos pode causar fadiga e dor, além de dificultar o processo de cura do organismo.


Uma pessoa com problemas nas costas, como por exemplo, a cicatriz de uma lesão antiga ou com alterações degenerativas da coluna devido ao envelhecimento, pode observar os efeitos do estresse pela dor nas costas, ainda mais do que alguém com as costas saudáveis.


A menor tensão muscular pode ser a "gota dagua". Por exemplo, se os nervos espinhais forem restringidos por tecido cicatricial ou por depósitos de cálcio, podem levar a uma tensão muscular mínima, que comprime os nervos e causam dor. Outro exemplo, é a dor ciática, que pode tornar-se muito maior quando a pessoa se sente estressada.


Sem a devida atenção, um ciclo vicioso para o estresse e para a dor nas costas pode ser facilmente iniciado: O estresse causa tensão muscular nas costas, levando à dor, que por sua vez aumenta a tensão muscular e pode aumentar ainda mais o estresse.


Quando alguém está sob efeito do estresse, suas costas se tornam menos capazes de tolerar até mesmo a uma leve atividade. Ele faz com que os músculos se tencionem, deixando-os vulneráveis a lesões. Com este quadro, o simples ato de levantar uma caixa leve, por exemplo, pode se tornar quase impossível.


Reduzindo o estresse


Aliviar o estresse pode reduzir a dor que é agravada ou causada pela tensão muscular. Além disso, gerenciá-lo continuamente também pode ajudar a prevenir a aparição das dores nas costas.


Terapias como osteopatia, acupuntura e massagens terapêuticas, como o Shiatsu, são muito benéficas para o relaxamento muscular. Elas trabalham o corpo de forma holística, ou seja, reequilibram a circulação e o corpo como um todo, levando ao alivio das condições provocadas pelo estresse. Quando realizadas regularmente podem ajudar no controle do estresse e da dor nas costas.


Exercite-se


O controle do estresse é um processo contínuo - como fortalecer os músculos através de exercícios. Portanto, o alívio pode vir através deles. O Pilates reune movimentos que aumentam a força e a flexibilidade, ao utilizar técnicas de respiração para aliviar o estresse, proporcionando sensação de alívio e bem-estar.


O exercício aeróbico é outra forma particularmente eficaz para aliviar o estresse, pois queima os hormônios que o causam e aumenta a produção corporal de endorfinas - substâncias químicas que são naturalmente secretadas para aliviar a dor e melhorar o humor. Além disso, exercícios simples de alongamento também podem aliviar o estresse e relaxar os músculos tensos.


Manter a forma através do exercício e o controle de estresse são importantes no tratamento e prevenção de dores nas costas.


domingo, 29 de agosto de 2010

Banana de manhã emagrece. Será?


A fruta entra obrigatoriamente na primeira refeição do dia e está afinando a cintura dos japoneses, fãs de carteirinha da chamada Dieta da Banana Matinal

Já ouviu falar nesse regime? Se a resposta for não, é só uma questão de tempo. Essa fruta tão popular entre nós está emagrecendo muita gente no Japão e nos Estados Unidos, países que reúnem um número cada vez maior de adeptos. Desenvolvida por Hitoshi Watanabe, um especialista em medicina preventiva em Tóquio, ela caiu na boca do povo. Literalmente. Nunca se vendeu tanta banana por lá como no último verão, época do ano em que normalmente a melancia, entre outras frutas mais apropriadas para sucos refrescantes, é a mais consumida.

A tal dieta consiste basicamente no seguinte: no café da manhã, o candidato a magro pode comer bananas à vontade e nada mais. É desejável que beba também água em temperatura ambiente. O motivo? Bem, sabe-se que o líquido dá saciedade. Então, entraria como um coadjuvante para espantar a fome. Nas refeições seguintes, pode-se comer de tudo, mas só até as 8 da noite. Após o jantar, nada de sobremesa. Já o lanchinho da tarde permite até uma guloseima. Os únicos itens proibidos são sorvetes, derivados do leite e álcool.

A nutricionista Vanderlí Marchiori, de São Paulo, acredita que esse tipo de dieta não traga prejuízos à saúde. “Isso porque não restringe nenhum grupo de nutriente”, justifica. “Os carboidratos, tidos como vilões do emagrecimento, não ficam de fora, o que é ótimo. E a proibição de laticínios e álcool não chega a ser nenhum pecado. Afinal, esses produtos desencadeiam processos inflamatórios.”E pensar que a banana carrega o peso de ser engordativa. "Essa fama é injusta. Na verdade, além de matar rapidamente a vontade de comer, ela contém enzimas que aceleram a digestão, favorecendo uma rápida perda de peso. Sem contar que também tem fibras do tipo solúvel, aquelas que se ligam à água, formando uma espécie de gel que demora para sair do estômago”, completa Vanderlí.

O poder emagrecedor da banana deve-se também ao amido resistente, um carboidrato complexo encontrado na batata, em leguminosas e massas integrais e que, dentro do corpo, se comporta como uma fibra, favorecendo o funcionamento do intestino e dando aquela sensação de barriga cheia. Detalhe: o amido resistente aparece muito mais na banana verde.

Pelo sim, pelo não, começar o dia comendo banana só pode fazer bem. Afinal, tanto a banana-prata, como a da terra, a ouro e a maçã – para citar as mais apreciadas em terras brasileiras – são lotadas de potássio, mineral imprescindível para os músculos, como bem sabem os atletas.

Fonte: Revista Sáude - agosto 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Os exercícios mais eficazes para evitar lesões


Exercícios de propriocepção trabalham a capacidade de controlar a postura e realizar movimentos coordenados de forma simples e sem risco

Se você sofre constantemente com lesões no joelho ou no tornozelo, é hora de aprender a fortalecer os ligamentos com exercícios de propriocepção.

No caso das mulheres, deve-se levar em conta que a maior flexibilidade das articulações e o menor desenvolvimento muscular as faz mais propensas a lesões como entorses ou ruptura dos ligamentos do tornozelo e joelho.


Para evitar lesões e acelerar a recuperação de algum problema, é muito importante fazer trabalhos de propriocepção. Essa palavra esquisita indica a capacidade de controlar a postura e realizar movimentos coordenados de forma simples e sem risco para as articulações.


Bastam 5 min por dia. Conheça alguns:
a) Correr sobre terrenos irregulares (montanha, areia da praia etc).

b) Corrida em zigue-zague, em oito, em círculos, saltar e correr em terrenos inclinadosa

c) Realizar exercícios de equilíbrio, alternando as pernas sobre superfícies instáveis, como um bosu

d) Caminhar na beira da calçada


Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Exercícios amenizam a atrofia muscular



Apesar de ser uma condição inevitável, como atestam os especialistas, a perda da massa muscular pode ser prevenida, e até cessada, se forem observados alguns cuidados. Praticar uma atividade física regularmente, com uma frequência mínima de três a quatro vezes por semana é fundamental. Os exercícios de resistência são os mais recomendados: musculação, caminhadas, natação, hidroginástica, e até mesmo atividades de dança e jogos coletivos.
Mas entre as atividades citadas acima, o fisiologista Márcio Mousinho destaca a musculação como a melhor para combater a sarcopenia. “Essa modalidade é cientificamente comprovada a melhor, para a prevenção, tratamento e reversão do quadro da perda da massa muscular, força e fraqueza músculo-esquelética decorrente no envelhecimento.”

Os exercícios mais recomendados, segundo ele, são os que envolvem os membros inferiores, pois deles depende a locomoção do idoso para a realização das tarefas cotidianas. Mousinho lembra, porém, que antes de iniciar a musculação, é preciso fazer uma avaliação física e funcional com um Educador Físico, especialista da área, para que identificar as possíveis limitações e doenças já existentes. “Estas informações preliminares norteiam uma prescrição de exercícios adequados, de acordo com a capacidade atual”, diz.

O professor de Educação Física e especialista em Ciências do Esporte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Raimundo Nonato Nunes, também afirma que a perda muscular pode ser neutralizada desde que a musculatura seja devidamente trabalhada.

Raimundo, porém, demonstra certa resistência com caminhadas no processo de contenção da sarcopenia. Para ele, essa atividade não favorece a perda de gordura mas não reforça os músculos. “Temos que dar ganho de massa muscular para que o idoso possa fazer suas atividades mais simples, como pentear os cabelos, sentar-se e levantar-se do vaso sanitário, por exemplo.”

Motivado pelas dificuldades impostas pela obesidade a um colega, o professor de Educação Física Raimundo Nonato Nunes desenvolveu uma metologia de exercícios físicos realizados na água que promovesse a queima de calorias, a perda de gordura e o aumento da massa muscular não apenas para pessoas de idade mais avançada, mas também doentes crônicos e obesos.

A técnica, batizada de “Caminhágua”, consiste em sessões de caminhadas, com até uma hora de duração, no máximo, executadas dentro de uma piscina. Com a adaptação e evolução dos alunos, o grau de dificuldade dos exercícios vai aumentando.

Segundo o professor, a técnica é baseada em três pressupostos básicos: de Arquimedes, sobre a modificação do peso na água, que é reduzido. “Dessa forma, os exercícios não sobrecarregam os membros inferiores, pois a água reduz em até 20% o peso do corpo.”; de Newton, sobre a dificuldade de vencer a inércia da água. “Com isso, a massa muscular trabalha mais. É uma carga que é empurrada e não transportada como na musculação.”; e o de Carnot, que trabalha a temperatura. “A perda de calor favorece o emagrecimento, pois quanto mais fria a água, mais calorias são queimadas. Essa diferença entre a temperatura da água e do corpo faz acelerar o metabolismo.”

Segundo Raimundo Nonato, os exercícios físicos praticados na água geram uma perda calórica cinco vezes maior do que os praticados “a seco”. “Tem gente que perde até três quilos por semana.” O projeto “Caminh’água” é aberto à população e são realizados diariamente em piscina do Campus da UFRN, das 17h às 20h. Os interessados devem procurar o professor Raimundo Nonato Nunes no Departamento de Educação Física. As atividades são realizadas há um ano e quatro meses.
O atual grupo de alunos tem pessoas com até 80 anos de idade, mas não é restrito somente à idosos. Há alunos de idades variadas. Entre eles, hipertensos diabéticos, portadores de Parkinson e problemas renais, além de gente com taxas alteradas. Os benefícios são muitos, de acordo com Nunes: melhora da qualidade do sono, alta queima calórica, redução de todas as taxas e melhora da hipertensão. “Estamos tendo uma resposta fantástica”, comemora o professor.

São mais de 100 alunos sob a orientação de Raimundo Nonato, durante cinco dias da semana. Não há horário estipulado para as atividades, ficando a cargo de cada um programar suas aulas no intervalo de horário estipulado.

“A libertadora”

O professor Raimundo Nonato se diz muito satisfeito em proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas e ver a satisfação no rosto delas. Um dos frutos desse afinco é o projeto de uma cadeira para atividades físicas, batizada de “A Libertadora”. Feita em madeira, ela proporciona até 13 combinações diferentes de exercícios, segundo o seu criador, que agora busca patentear o protótipo.

A cadeira tem uma base para sentar-se maior do que as tradicionais, um encosto para a cabeça/pescoço e ainda pesos feitos de garrafa pet para trabalhar os membros inferiores e superiores, abdome e coluna vertebral. A intensidade da carga é de acordo com o material colocado no interior das pets (areia, chumbo, água).

A motivação para a criação de “A Libertadora”, como conta o seu idealizador, foi a condição do pai de um amigo seu que, mesmo precisando e sob recomendação, se recusava a frequentar fisioterapia. “É como ter uma academia para as pessoas que não gostam de sair de casa.”

Mobilidade física e fatores de risco e proteção à saúde

Dados apontados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), em 2008. Números relativos à região Nordeste.

— Costumavam ir a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho:

55 a 59 anos – 44,1%
60 a 64 anos – 44,0%
65 anos ou mais – 44,7%

— Praticaram exercício físico ou esportes nos últimos três meses:
32,5% homens
16,9% mulheres

55 a 59 anos – 16,4%
60 a 64 anos – 16,6%
65 anos ou mais – 11,7%

— Pessoas ativas no lazer:
12,5% homens
7,0% mulheres

55 a 64 anos – 6,7%
65 anos ou mais – 4,8%

— Assistiram televisão 30 dias antes de participar da pesquisa:
50 a 59 anos – 90,9%
60 anos ou mais – 85,1%

— Usaram o computador, fora do trabalho, 30 dias antes da realização da pesquisa:
50 a 59 anos – 9,0%
60 anos ou mais – 3,0%

— Foram vítimas de violência, nos 12 meses antes da realização da pesquisa:
60 anos ou mais - 1,4%
— Foram vítimas de violência, nos 12 meses antes da realização da pesquisa, o que impossibilitou a realização de atividades habituais:
Deixaram de realizar – 30,5%
Não deixaram – 69,5%

— Foram vítimas de violência, nos 12 meses antes da realização da pesquisa e procuraram serviço de saúde:
Procuraram – 52,6%
Não procuraram – 47,4%

— Envolveram-se em algum acidente de trânsito nos 12 meses antes da realização da pesquisa:
55 a 64 anos – 1,2%
65 anos ou mais – 0,8%

— Fumaram algum produto variado do tabaco:
Cigarro – 16,0%
Industrializado – 11,9%
De palha ou enrolado à mão – 7,0%

Fonte:
- Portal da Educação Física;
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

domingo, 18 de abril de 2010

O quanto a mulher deve malhar para evitar ganho de peso


Perder peso é difícil, e manter o peso pode ser ainda mais duro. Pesquisadores de Harvard decidiram determinar exatamente a quantidade de atividade física necessária para mulheres de meia-idade evitarem o ganho de peso à medida que elas envelhecem.


Os pesquisadores descobriram que uma hora de atividade moderada por dia -incluindo atividades recreativas, como caminhada rápida, pedalar por lazer, dança de salão e brincar com as crianças- evitava que as mulheres de peso normal ganhassem mais de 2,26 kg ao longo de um período de 3 anos. Metade dessa quantidade de tempo em atividades vigorosas, como corrida, jogging ou pedalar rápido, também tem o mesmo efeito.


No entanto, as mulheres que fizeram a mesma quantidade de exercício, mas que eram mais pesadas no começo, não puderam evitar o ganho de peso. Nem as mulheres de peso normal que fizeram menos que sete horas semanais de atividade moderada, segundo o estudo, publicado na edição de 24 de marco do "The Journal of the American Medical Association".


O ganho médio de peso ao longo do estudo de 15 anos, que acompanhou 34.079 mulheres saudáveis com uma média de 54 anos no início da pesquisa, foi de pouco mais de 2,26kg. Os pesquisadores não levaram em consideração a alimentação.


"É tão difícil perder peso e manter, então, independente do seu peso, você deve tentar mantê-lo -isso é uma vitória", disse o principal autor do estudo, I-Min Lee, professor associado de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública de Harvard.


por RONI CARYN RABIN
do New York Times


Fonte: Portal da Educação Física

sábado, 17 de abril de 2010

Benefícios para todos



Orientada, a prática de exercícios físicos pode ajudar no tratamento de portadores de doenças crônicas, aumentando a qualidade de vida

Portadores de doenças crônicas muitas vezes temem que a prática de exercícios físicos possa agravar os males que sofrem. Programas individualizados para esses pacientes, porém, crescem como alternativas para uma vida mais saudável.

Os benefícios da prática de atividades físicas são indiscutíveis. O hábito de fazer exercícios, seja ao ar livre ou em academias, é defendido por cientistas e recomendado por médicos como um dos melhores caminhos para uma vida saudável. Quem sofre de doenças crônicas, porém, costuma ter dúvidas sobre se pode ou não se exercitar. Diabéticos, hipertensos, asmáticos ou portadores de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson nem sempre sabem que mexer o corpo pode ser parte do tratamento da patologia, desde que os exercícios sejam personalizados e voltados para as necessidades e limitações de cada um.

Tanto médicos quanto os profissionais dedicados ao atendimento dessas pessoas não têm dúvidas: a atividade física não é apenas benéfica para manter o corpo em forma, ela melhora a resistência e o bem-estar daqueles que se tornaram reféns de doenças sem cura, reduzindo a chance de complicações e aumentando a qualidade de vida dos pacientes. O cardiologista José Roberto Barreto explica que, dependendo do problema, as restrições existem, mas jamais devem impedir a prática. Para os hipertensos, por exemplo, atividades com muito peso ou carga não são indicadas.

De maneira geral, os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, são mais recomendados. Para os pacientes idosos, é importante também a musculação.

Ela impede a atrofia muscular. A prática deve ser encarada como parte do tratamento. Trinta minutos de atividades, três vezes por semana, trazem benefícios importantíssimos – garante o médico.


O cardiologista considera que a prática esportiva é fundamental para controlar o estresse, fator comum em pacientes crônicos.

– Em muitos casos, conseguimos até suspender a prescrição de medicamentos como ansiolíticos e tranquilizantes, além de reduzir as drogas que controlam a doença em si – observa Barreto.

O endocrinologista Marco Antônio Vivolo afirma que a prática de atividade física também é uma aliada no controle do diabetes tipo 2, a quarta maior causa de mortes no mundo – representa cerca de 3,8 milhões de óbitos por ano. Com uma dieta balanceada, os exercícios auxiliam na redução e no controle da glicemia (concentração de glicose no sangue). Eles aceleram o metabolismo, queimam calorias e controlam o peso, além de melhorarem a circulação sanguínea.


Fonte: Caderno Vida - ZH - 17.04.10

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Como escolher um Personal Trainer?

Nos últimos anos, a procura por exercícios físicos regulares vem aumentando gradativamente, seja pela busca de qualidade de vida, saúde ou estética. Para alcançar esses objetivos, muitas pessoas encontram barreiras para iniciar ou dar continuidade a um programa de atividades físicas. Dentre as principais barreiras estão à falta de motivação e resultados, tempo, dificuldade de deslocamento, medo de se lesionar, e nas academias um restrito atendimento pelos professores decorrente ao grande número de alunos necessitando de atendimento ao mesmo tempo. Nesse sentido o treinamento físico personalizado tem sido uma alternativa extremamente satisfatória, proporcionando ao aluno ganhos consistente em um período de tempo curto e com muita segurança evitando assim lesões musculares causadas pela execução incorreta dos exercícios.

Com o aumento do número de pessoas aderindo a um programa de atividade física personalizada é conveniente imaginar que o número de profissionais para atender a essa população aumente. Porém, cuidado na hora de escolher um Personal Trainer. Assegure-se que ele tem formação acadêmica e que está em constante aprimoramento profissional, as inovações relacionadas à atividade física são constantes e não se pode parar no tempo. Contratar um Personal Trainer é tão importante quanto escolher um médico ou um dentista. Desconfie se o valor cobrado por esse profissional for muito barato comparado aos outros profissionais. Nesses casos o “baratinho” pode sair muito caro, lembre-se que é a sua saúde e seus objetivos específicos que estão em jogo e quanto vale isso somente você poderá determinar.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Avaliação Médica


Atualmente muito tem se falado da prática correta de exercícios físicos e como eles devem ser feitos de forma segura e sem riscos à saúde. O acompanhamento médico é considerado essencial para qualquer prática esportiva, sendo ela amadora ou profissional. Para as atividades físicas em academias de ginástica também são necessárias avaliações, já que cada indivíduo possui diferentes metabolismos.


O que muitos não sabem é que até mesmo uma atividade física mais intensa, praticada por um não atleta, deve ser indicada por uma equipe médica que, ao traçar o perfil metabólico do iniciante, realizará exames de cunho clínico e esportivo para indicar a intensidade, periodicidade e tempo de cada exercício.


Com o início do ano, muitas pessoas se comprometem em realizar atividades físicas. Porém para perder peso e entrar em forma, é necessário que os exercícios sejam regulares e durem no mínimo três meses, com periodicidade de quatro vezes por semana. Esta base varia de acordo com o objetivo de cada indivíduo e a atividade que será desempenhada.


Defendo que o início da atividade física sem um monitoramento prévio pode trazer diversos riscos à saúde. Dependendo do seu nível de intensidade e de exigência física, seja ela competitiva ou não, desencadeia uma série de fenômenos metabólicos variados e intensos. Se o indivíduo tiver alguma doença silenciosa ou inicial, o exercício escolhido possivelmente elevará os riscos de complicações. A realização de um check-up esportivo antes de fazer atividades físicas tem crescido nos últimos anos, pois as avaliações clínica, física e cardiológica reduzem os riscos de paradas cardiorrespiratórias e outros eventos. Porém, o número é mais expressivo em pacientes que passam por reabilitações cardiopulmonares, que realizam o acompanhamento pós-cirurgia cardíaca ou que sofrem problemas cardiológicos.


A visão de um check-up esportivo deve ser mudada. É preciso que qualquer pessoa que pretende iniciar uma atividade entenda a importância de recorrer a uma avaliação prévia. Muitos exemplos demonstram o perigo que existe em exigir melhor desempenho do corpo sem antes avaliar de forma completa e científica os seus verdadeiros potenciais. Além de complicações imediatas e de alta gravidade, como arritmias, dificuldades respiratórias e até mesmo paradas cardíacas, podem ocorrer lesões osteoarticulares, que às vezes chegam a incapacitar os esportistas e atletas para o exercício da sua atividade.


O oposto também gera problemas. Os conhecimentos científicos modernos indicam que o sedentarismo é um dos mais importantes fatores de risco para o aparecimento de doenças degenerativas cardiovasculares e do metabolismo como o diabete e a síndrome metabólica. A prática regular de atividades físicas contribui para a prevenção e manutenção da saúde.
Tendo em mãos uma avaliação completa e fiel das atuais condições físicas de um esportista (iniciantes ou profissionais) ou atleta, seu técnico (ou treinador, médico do esporte, nutricionista, fisioterapeuta e demais profissionais de saúde com ele envolvidos) poderá contar com uma ferramenta de trabalho fundamental para ajudá-lo a melhorar a sua performance com segurança.


Visite seu Cardioesporte ou Cardiologista!!!


Fonte: Revista Proximus - abril/2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

AVEIA AUXILIA NO EMAGRECIMENTO


Uma pesquisa do Laboratório de Lípides da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), conduzida pela professora Ana Maria Pita Lottenberg, revela que a aveia pode auxiliar na perda de peso. Os benefícios dos cereais integrais para o controle de peso já foram tema de estudos internacionais, que demonstraram que o consumo de fibras solúveis, como a aveia, promove maior saciedade.

Agora, o estudo realizado no Brasil mostra que mulheres em dieta para emagrecer que incluem aveia no cardápio perdem, em média, 60% mais peso. A pesquisa foi realizada por 16 semanas, com a avaliação de dois grupos, em duas fases: manutenção de peso e emagrecimento. Os resultados preliminares obtidos demonstraram que os participantes, quando consumiram aveia associada a uma dieta hipocalórica, perderam significativamente mais peso (média 2,6% do peso corporal inicial) do que quando ingeriram placebo (média 1,5%), sem qualquer outra mudança no estilo de vida.

Um dos fatores para esse efeito seria a maior sensação de saciedade relatada pelos voluntários quando consumiram o produto. Uma das explicações é a de que alimentos ricos em fibras exigem mais mastigação e maior tempo para digestão, aumentando o volume alimentar no estômago e diminuindo a velocidade de absorção dos nutrientes, regulando, entre outros mecanismos, o controle da fome e a liberação da insulina.

Dicas para aproveitar os benefícios da aveia

— Enriqueça vitaminas, sucos, salada de frutas e sorvete

— Substitua parte da farinha de trigo por farinha de aveia em receitas de bolos e tortas

— Salpique aveia sobre os alimentos, como no arroz, no feijão, na sopa etc.

— Reponha a energia com barras de cereais e cookies contendo aveia em pequenos lanches ao longo do dia

— Use sua imaginação e acrescente aveias às mais diversas receitas doces e salgadas

— Além das tradicionais farinhas (flocos regulares, flocos finos, farelo de aveia e farinha), existem diversas outras opções, como as aveias com sabor (chocolate, morango e mel, entre outros).

Fonte: Blog do Vida – 10.04.10

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mal de Parkinson


Parkinson atinge 1 a cada 100 idosos; tentar manter atividade é fundamental


O mal de Parkinson é degenerativo, progressivo e irreversível. Não tem cura e atinge uma em cada 100 pessoas acima de 60 anos, segundo a Associação Brasil Parkinson (ABP). E apesar das barreiras impostas pela doença, cujo Dia Mundial é 11 de abril, uma das principais orientações dos especialistas é estimular os portadores a levar uma vida normal, dentro de suas limitações. Não é fácil, mas não faltam exemplos de pessoas que apesar de diagnosticadas há anos, mantém um ritmo por vezes difícil para quem não tem nada.


O ator Paulo José, 73 anos, e há 17 com o diagnóstico, é um dos principais exemplos dessa batalha contra a doença. O trabalho é um dos "remédios" que usa contra a doença, além de seguir as orientações médicas. Está filmando o longa O Palhaço, dirigido por Selton Mello, integra o elenco de "Quincas Berro d´Água", que estreia nas telonas em maio. Já declarou que a doença o obrigaria a ter uma vida mais calma, mas simplesmente não consegue.


O também ator Michael J.Fox, protagonista da trilogia de filmes "De Volta para o Futuro", dos anos 1980, luta contra o problema desde 1991. Interrompeu sua carreira por um período, teve complicações com alcoolismo e escreveu um livro chamado "Um Otimista Incorrigível". No ano passado, voltou à ativa na série de TV "Rescue Me", interpretando um paraplégico e recebeu um prêmio Emmy pela atuação. Também criou uma fundação para pesquisa da doença. Joga hóquei e golfe.


Depressão


Atividades bastante complicadas para um problema que causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio, além de alterações na fala e escrita. Por conta de tais dificuldades, muitos portadores se tornam reclusos, o que favorece o aparecimento também da depressão.


Segundo o neurologista Roberto Godoy, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, mais de 60% dos idosos que sofrem da doença são vítimas da neurose. "Nossa equipe atende cerca de 40 pacientes por mês e mais da metade deles apresenta algum grau de depressão. O tratamento não deve ser voltado apenas ao controle do Parkinson. Quem convive com o doente deve ficar atento também aos sintomas de depressão."


Trata-se de uma doença neurológica e foi descrita pela primeira vez pelo médico inglês James Parkinson, em 1817. A grande maioria dos pacientes tem os primeiros sintomas a partir dos 55 a 60 anos, embora pessoas mais jovens ou mais idosas também possam desenvolvê-los, como Michael J.Fox, que tinha 30 anos quando percebeu um tremor estranho num dos dedos. Mas nem sempre esse sintoma é o que aparece. O aposentado Oswaldo Antônio, de 86 anos, por exemplo, movimenta-se devagar e costumava cair com facilidade, sem apresentar os característicos tremores. Descobriu a enfermidade há seis anos após passar por uma série de médicos. Hoje, toma remédios que ajudam a diminuir os problemas. Ainda faz aulas de hidroginástica e de dança. "Os exercícios de dança são dirigidos à doença. Os movimentos são feitos enquanto estou sentado porque a dificuldade de fazer em pé é manter o equilíbrio."


Parkinsonismo


A doença de Parkinson é a principal forma de parkinsonismo, representando cerca de 70% dos casos, segundo a ABP. Surge devido à falta ou diminuição da dopamina. Esse quadro acontece pela degeneração das células (situadas na região do cérebro chamada substância negra) que a produzem. As outras formas de parkinsonismo têm causas diferenciadas, tais como infecções e traumas. O ex-pugilista americano Muhammad Ali desenvolveu o chamado parkinsonismo do pugilista, em consequência de traumas cranianos. Enquanto a doença de Parkinson é progressiva e não tem cura, determinados parkinsonismos (como o adquirido por meio de medicamentos, por exemplo) podem ser eliminados.


O problema é progressivo. O que determina a velocidade da piora provavelmente são fatores ligados ao metabolismo e à genética. "Mas não se conhece de forma definitiva os fatores que levam alguns pacientes a piorarem rapidamente com todo o tratamento instituído", disse Roberto Godoy.


Tratamento


O diagnóstico é feito pela exclusão da possibilidade de outras doenças. O médico chega a ele ao aliar ainda a história clínica do paciente ao exame neurológico. O tratamento logo no início permite uma vida ativa e, muitas vezes, retarda muito a evolução do problema. Vale apostar também em sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia. A falta de cuidados, no entanto, gera uma piora progressiva, a ponto de tornar o doente completamente incapacitado, como informou Godoy.


A medicação tem como meta melhorar os sintomas. "O tratamento cirúrgico é reservado a alguns poucos pacientes em que a medicação não mais surte efeito. Entre as técnicas se inclui a estimulação de estruturas profundas no cérebro, como o marcapasso, com resultados satisfatórios quando indicado corretamente", afirmou Godoy.


Fonte: Terra – Vida e Saúde - 09.04.10

domingo, 11 de abril de 2010

Tédio na academia indica que sensação de prazer esta em declinio, afirmam estudos



Nem sempre o que acabam de lançar é o que mais serve para você

Você se entedia facilmente? Se a resposta foi sim, é provável que você esteja constantemente procurando algo novo para fazer, certo? Segundo a neurociência, o tédio é um sinal de que o sistema de recompensa do cérebro, aquele que gera as sensações de prazer, está em declínio. É por causa dele que, depois de repetir as mesmas atividades muitas vezes, por mais interessantes que elas tenham sido nas primeiras vezes, você tem dificuldade de se divertir tanto quanto da primeira vez. E esse tédio que nos toma é o que alimenta todo um mercado de novidades, sempre produzindo estímulos para nosso centro cerebral do prazer funcionar plenamente. Como nos cansamos do velho, celebramos o novo com alegria e o trazemos facilmente para dentro de nossas vidas. Mire-se no exemplo do que as empresas de telefonia celular fazem com a gente todos os Natais. E quando o assunto é saúde? Será que trocar o antigo pela novidade só pelo prazer da mudança é uma boa escolha?

Certos empreendimentos não sobrevivem sem lançar novidades de tempos em tempos. As academias de ginástica são o tipo de negócio com dificuldade para reter clientes. Quem não é apaixonado por exercício se entedia rápido e vai embora mesmo. Para evitar o tédio, as academias têm de provocar o cérebro dos alunos com invenções pirotécnicas pelo menos algumas vezes por ano. Eventos barulhentos, aulas temporárias com efeitos especiais, uniformes novos, festinhas animadas, fantasias, luzes coloridas, equipamentos surpreendentes, tecnologias inéditas... A equipe do departamento de marketing não pode parar de criar mudanças na rotina dos clientes, senão eles procuram outra coisa para fazer, fora dali.

Mas qual é mesmo o serviço que a academia de ginástica oferece? Cuidado com o corpo, né? Saúde. Prevenção de doenças e proteção contra lesões. Longevidade. Nada a ver com pirotecnia, certo? Não que as festinhas sejam ruins, longe disso. Elas são importantes para motivar. O problema é ir na onda dos lançamentos só para sair da rotina, esquecendo o verdadeiro motivo para ir à academia.

Quando lançaram aulas baseadas na suspensão do corpo e na ação da gravidade, do ano passado para cá, fiquei curiosa e fui testar (a repórter da Época). No discurso dos professores, as aulas novas são bacanas porque usam o peso do próprio corpo para gerar resistência, se aproveitam da instabilidade do corpo inclinado para fortalecer as musculaturas de sustentação do tronco (o chamado core) e podem ser praticadas com intensidades progressivas. Mas, na prática, achei que não serviam para substituir minha série de musculação. Não me convenceram como uma boa atividade para o que eu procuro. Mas talvez se encaixassem bem no que outras pessoas querem. Como saber se a novidade vale a pena ou não?

Para o educador físico e pesquisador Paulo Marchetti, a resposta está no seu objetivo com a atividade física. Para quem pretende desenvolver força, pra que perder tempo fazendo exercícios divertidíssimos de resistência? Vá fazer exercícios de força. Se a atividade foca o fortalecimento do core e o equilíbrio, ela serve para... quem precisa de core forte e equilíbrio. Se a aula foca só a diversão... bem... talvez ela tenha alguma utilidade para quem tem como prioridade espantar o estresse. Mas não vá achar que ela serve também para todo o resto.

Se você é do tipo que precisa de novidades na sua rotina de exercícios, senão sai correndo de tédio e não volta mais, converse com alguém no lugar onde você treina e peça sugestões para variar alguma coisa sem fugir da sua meta. Vai ser mais inteligente dar um pouco mais de tempero para a atividade de sempre, se ela funciona bem para o que você busca no longo prazo, do que escapar para outra coisa que deixe você animado por alguns minutos.

Fonte: Revista Época