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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Para perder peso, é melhor cortar gordura ou carboidrato?

Para perder peso, é melhor cortar gorduras do que carboidratos de sua dieta. Pelo menos é o que afirma uma pesquisa do National Institutes of Health, no Estado americano de Maryland, nos Estados Unidos. O estudo acompanhou um grupo de pessoas com dietas controladas ao monitorar refeições, atividade física e respiração de cada uma delas.

Ambas as dietas, analisadas pelo National Institutes of Health, no Estado americano de Maryland, nos Estados Unidos, levaram à perda de peso quando as calorias foram reduzidas, mas as pessoas emagreceram mais quando diminuíram a ingestão de gordura.
Os especialistas constataram, assim, que uma dieta pobre em gordura é a melhor alternativa para quem quer se livrar dos ‘quilinhos extras’.
A conclusão contradiz o argumento de que a restrição de carboidratos seria a melhor maneira de emagrecer, já que alteraria o metabolismo do corpo.

‘Processo químico’
“Quando você corta a ingestão de carboidrato, você realmente perde gordura, mas não tanto quando você para de comer gordura”, diz o responsável pela pesquisa, Kevin Hall, do National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, nos Estados Unidos. No estudo, 19 pessoas obesas seguiram uma dieta de 2,7 mil calorias por dia.
Em seguida, durante um período de duas semanas eles tentaram dietas que cortaram a ingestão calórica em um terço, ora reduzindo carboidratos ora gordura.
A equipe analisou a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono sendo expelido pelos participantes bem como a quantidade de nitrogênio na urina deles. O objetivo era calcular precisamente os processos químicos dentro do corpo.
Os resultados publicados na revista científica Cell Metabolism mostraram que seis dias depois do início da dieta, aqueles que reduziram a ingestão de gordura perderam em média 463 gramas de gordura ─ 80% a mais do que aqueles que só cortaram carboidratos, cuja perda média foi de 245 gramas.
Hall disse que não havia motivo “metabólico” para optar por uma dieta com baixo nível de carboidratos.

‘Dietas à risca’
No entanto, estudos sugerem que no mundo real, onde as dietas são menos rigidamente controladas, as pessoas podem vir a perder mais peso ao reduzir carboidratos.
“Se for mais fácil seguir uma dieta do que a outra, e idealmente de forma permanente, então é melhor que você escolha a dieta com a qual melhor se adapte”, afirmou Hall.
“Mas se a dieta com baixa ingestão de gordura for melhor para você, isso não será uma desvantagem metabólica”, acrescentou.
Susan Roberts e Sai Das, médicas da Universidade de Tufts, em Boston, no Estado americano de Massachusets, afirmaram que o debate sobre as dietas era fonte de “intensa controvérsia”.
Elas afirmaram que o estudo “desmascarou” a teoria de que dietas com baixo nível de carboidrato são melhores, mas o impacto disso a longo prazo ainda “não era sabido”.
“A mensagem mais importante agora é provavelmente de que alguns carboidratos são bons, especialmente os de baixo índice glicêmico e integrais”.
Segundo Susan Jebb, professora de Saúde Nutricional da Universidade de Oxford, “os pesquisadores concluíram acertadamente que a melhor dieta para a perda de peso é a dieta com a qual o paciente melhor se adapta”.
“Todas as dietas funcionam se você consegue se ater a uma dieta que corte calorias, independentemente de gordura ou carboidrato”, afirmou ela.
“Seguir à risca uma dieta não é tarefa fácil, especialmente dado o tempo que demora para perder peso”, acrescentou.
Matéria publicada no site BBC

domingo, 23 de agosto de 2015

Cada vez mais estudos comprovam: exercícios no envelhecimento protegem de doenças

Resumo
Os resultados do estudo EFOPS mostram claramente os efeitos positivos dos exercícios combinados  a longo prazo sobre as fraturas por pequenos traumas, (micro-fraturas) em mulheres pós-menopáusicas que apresentam um maior risco de tê-las. Sabemos também que vários  protocolos de exercícios que protegem essas  fraturas, também são efetivos para uma grande variedade de doenças que surgem com aumento da idade, daí a necessidade de se estimular firmemente os idosos para realizarem  programas de exercícios combinados e  com várias finalidades, tais como, corrida, dança, musculação, flexibilidade, ou seja, aqueles, que além de proteger fraturas, também envolvem a melhora da aptidão cardiorrespiratória, neuromotora, neuromuscular e a integração social,(atividades lúdicas).
O exercício físico pode ser uma excelente opção para a prevenção de fraturas espontâneas no decorrer do envelhecimento durante o aumento da idade.
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito dos exercício combinados sobre a densidade mineral óssea e a incidência de fraturas do osso mineral (DMO) em indivíduos idosos com maior predisposição as mesmas. Começou em 1998 com término em 2014, em Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, realizado portando em uma população fechada, e contou com a participação de 1.680 participantes ao todo que foram incluídos na análise de por um período de 16 anos.
 Os Endpoints primários do estudo foram as fraturas de baixo impacto determinadas por meio de questionários, entrevistas estruturadas, e DMO (densitometria óssea da coluna lombar e do colo femural ) avaliada por absorciometria de dupla energia de raios-X. Um grupo realizou um programa de exercícios múltiplos combinados e foi acompanhado enquanto outro grupo não realizou o mesmo protocolo,- grupo controle.
O estudo mostrou claramente a alta eficiência na proteção de fraturas nos programas de exercícios combinados no grupo que seguiu este protocolo. Considerando que, além disso, o efeito favorável dos exercícios sobre a maioria dos outros fatores de risco para outras doenças de alta morbi mortalidade que aparecem com o decorrer da idade, é imperativo estimularmos e preconizamos incansavelmente programas de exercícios polivalentes.
E cabe a cada um, como pessoa, e também responsável por si, por seu corpo  e por sua própria saúde, seguir e praticar não só exercícios, mas outras orientações que visem uma melhor qualidade de vida.
Estudo de Prevenção da Osteoporose, com exercícios físicos (EFOPS)
 Osteoporosis International, maio 2015
DOI 10,1007 / s00198-015-3165-3Pubmed ID 25963237
W. Kemmler, M. Bebenek, M. Kohl, S. von StengeL